Apêndice 1: Crucia

 
     As Crucia eram pessoas com habilidades inimagináveis. Tratadas antigamente como Sacerdotisas ou deusas na terra.  As Crucia eram capazes de ver o futuro, invadir mentes e até ler pensamentos.
        Todas as Crucia passavam por treinamentos difíceis para desenvolver suas capacidades, e quase sempre eram da realeza, fazendo previsões antes das batalhas.
        O maior templo das Crucia ficava entre Millandus e Zufreid, mas com a chegada da praga precisou ser destruído para a construção da muralha. Por anos, muitas pessoas acreditaram que as Crucia eram responsáveis pela praga.
        Elas começaram a ser caçadas por conta de duas irmãs Crucia chamadas Mila e Samantha, que afirmaram que a praga era punição dos deuses para o mundo.
        Durante uma noite, Mila e Samantha foram mortas e seus restos mortais espalhados em uma praça de Liceo. A história se espalhou por todo o lado sul da muralha, e muitos acreditaram que as irmãs eram deusas, assim criando uma religião em seus nomes.
         As pessoas acreditaram nisso por conta da praga ter regredido e se contido no lado norte da muralha após o assassinato das duas. Isso desencadeou a caça contra as Crucia, causando a quase extinção delas.
        Rubria é o único reino em que existe uma Crucia, o filho do rei é o segundo menino que tem as habilidades.
       A esposa de Silrur fugiu por muito tempo, perdendo a mãe bem cedo e vivendo com o pai em uma província de Liceo.
       Em uma viagem de Silrur à Liceo quando a muralha estava sendo construída, ele a conheceu. Ele ainda era um príncipe.
        Viltar, seu pai, viu que Silrur gostou da menina, e a tomou como princesa destinada a se casar com o príncipe.
        O rei de Rubria garantiu ao pai de Maya que cuidaria bem da menina. E cuidou.
        Assim que chegou à Rubria, Maya chamou atenção pelo rosto angelical. Muitos a chamavam de deusa. Quando descobriram a origem dela, o povo do reino jurou protegê-la.
        Maya ganhou o coração de todos pela bondade em que os tratava, sempre evitando distinção entre ela e os mais pobres.
         Quando Viltar morreu em um ataque de Scors ao posto de vigia, Silrur se casou com Maya e assumiu o trono de Rubria.
         Como sua mãe havia morrido em seu parto, jovem príncipe de apenas 17 anos na época, assumiu o trono com facilidade.
         Maya não o amava quando se casou com ele, mas seu jeito de a tratar e o respeito para com ela, conquistou a jovem, que se apaixonou por ele e concedeu um herdeiro cinco anos após o casamento.
         As Sacerdotisas de Rison, um templo do lado Norte da muralha, fizeram testes no menino, constatando que o mesmo tinha habilidades de Crucia.
         Silrur e Maya se alegraram, pois a genética das Crucia seria mantida por longos anos.
         Depois da caça contra as Crucia, elas passaram a ser lendas. Muitas as retratavam como demônios que amaldiçoaram a terra. Outras diziam que eram deusas mal compreendidas.
        As santificadas tentavam entender de onde vinham suas habilidades, para compreendê-las e usá-las. Desde cedo eram separadas para estudar aquelas habilidades.
         Nunca conseguiram.
        

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