Amor, gêmeo da dor,
outra ferida.
Breve favor de mão recolhida.
À sua luz,
partir e findar,
ainda que perene
qualquer ordem sua.
No intuito de flor
se abre a perda do dia,
rasga a roupa
e requer desafio.
Mansa voz de agonia,
desaprender de contenda
a ensinar outra briga.
Fria e pálida sua pele.
Amor, seco os teus olhos.
Descontentar-se é viver-te,
sob seu galopar alucinante
atuo, falso ator de falso romance.
atiow_