Me espreitas, minha amiga tão antiga,
foice e balanço,
mas não me receio de sua companhia.
Pode aproximar-te, me engolir, não há medo,
nem mesmo à figura de horror que carregas contigo,
nada me afastaria.
Antes, te insiro mais peito adentro.
Gravo tua pele na minha.
E sempre este ar de ignorância como não reconhecesse
esta influência que exerces sobre a vida acontecendo.
Na verdade és tão fundamental quanto o sol,
e mesmo assim te recusas do calor,
e mesmo assim te escondes.
Ah minha amiga, se soubesses
que dentro de mim
já não existe outra escolha.
w@