XXX - O lugar secreto

Estou ao lado de um guarda procurando minha família e o meu namorado.
Não quero sair do castelo sem eles.
Mais um guarda aparece nesse corredor.

Os guardas falam que tem uma saída secreta que os piratas não devem nos achar lá. Mas, só saio do castelo quando descobrir que todos estão bem.
Estou com muito medo dos piratas, mas, tenho mais medo de perder minha família e meu namorado. Preciso achá-los. Os guardas irão me proteger.

Acabei de lembrar dessa saída secreta, que só minha família sabe. Eu sempre tive medo de entrar lá.

Estou no meio dos guardas, estamos andando em um corredor.

- E a rainha Raabe Johnson com sua amiga Elizabeth Davis já saíram do castelo Bicolor pela saída secreta. - O guarda do meu lado esquerdo diz. Ele diz: - Iremos pedir para alguém na carruagem ir buscá-las.

Tem fumaça vindo para esse corredor.
Os guardas tossem e eu também.

- Que bom que elas estão bem. - Digo aliviada e meus olhos ardem.

Eu fecho os olhos e escuto um dos guardas parar de tossi e dizer:

- A senhorita também precisa estar bem. - Eu abro os olhos e o mesmo guarda, diz: - Então, por favor, vamos para a sala secreta.

- Eu já disse que só depois que eu achar meu namorado e minha família! - Digo sem olhar para ele e ainda andando pelo corredor. Eu digo: - Pior hora que resolvi ir ao banheiro e deixar todos!

- Muito corajoso dá sua parte, alteza. - O guarda do meu lado direito diz.

- Não, eu não sou corajosa! - Digo olhando para o guarda do meu lado direito. - Estou com medo dos piratas, mas, preciso saber como estão minha família e os senhores estão aqui para me ajudar.

Meus olhos ardem por causa dá fumaça. Tento ficar com os olhos abertos.
Volto a tossir e os guardas também tossem.

Ainda bem que esses corredores que estamos andando não está pegando fogo.
Os piratas pararam de tacar fogo, pois, os guardam começaram a brigar com os piratas e com espadas.

Finalmente vejo Filipe perto de dois guardas.

Corremos e nos abraçamos. Pulo em cima dele colocando minhas pernas ao redor dá cintura dele.
Meus olhos enchem de lágrimas, mas, é por causa dá fumaça.
Eu paro de tossir e os guardas também.

Filipe diz:

- Graças a Deus você está bem!

- Eu digo o mesmo, meu amor! - Digo aliviada.

Paramos de nos abraçar e deixo minhas pernas no chão.

Ficamos nos olhando e ele também está com os olhos de lágrimas.

Ele diz:

- Jamais sairia daqui sem a senhorita.

- Eu digo o mesmo, meu namorado. - Eu digo sorrindo.

Filipe coloca as mãos no meu rosto e me dá um selinho demorado.
Ele afasta os lábios do meu e nós dois tossimos por causa dá fumaça.

- É melhor irmos. - Filipe diz.

Me sinto tonta, mas, continuo andando.

Então em outro corredor vimos meu primo Pedro, a esposa dele, minha prima Sophia e meus tios e alguns guardas.

Tem pouca fumaça aqui.

- Família! - Digo aliviada.

- Ótimo, estamos todos nos encontrando. - Pedro diz sorrindo.

Todos nos abraçamos e paramos de nos abraçar e um dos guardas que estava comigo, diz:

- Eu preciso pegar as vendas para alguns deles. A sala secreta só a família real pode ver.

- Eu entendo. - Filipe diz.

- Com licença. - O guarda diz.

O guarda sai daqui e para minha família, eu digo:

- Raabe e Elizabeth já estão bem.

Me sinto tonta novamente.
Respiro fundo.

- Que bom. - Tio Yudi diz sorrindo.

Fico surpresa, é raro ver meu tio sorrindo.

Todos ficamos parados e vem bastante fumaça nesse corredor, chega não consigo enxergá-los. Ficamos tossindo e vejo o corredor escurecendo, como se nem as velas puderam iluminar aqui.

- Corram para outro corredor! - Tio Yudi diz.

- SIM, CORRAM! - Um dos guardas gritam.

Corremos, chegamos em outro corredor e vejo tudo girando.

Paramos de correr e aqui não tem fumaça.
Coloco as mãos na cabeça.

- Está bem, minha princesa? - Filipe diz tossindo.

Os guardas, tio Yudi, Pedro e Vitória param de tossir.
Volto a ver o corredor normal sem ser totalmente escuro.
Tudo para de girar. Tiro as mãos da cabeça. Sophia e a mãe dela param de tossi.

Príncipe Levi aparece e feliz eu corro até ele e digo:

- Levi!

Eu o abraço e ele me abraça de volta e eu paro de tossi.

Levi diz:

- Que bom que estão todos juntos.

Paramos de nos abraçar e eu acabo me sentindo fraca e caio nos braços do príncipe Levi.
Levi surpreso me carrega com o braço dele embaixo de minhas coxas e o outro braço ao redor em minhas costas. Fico olhando para ele me sentindo tonta.

Levi me olhando, diz:

- O que houve com a Sam?

- Também gostaria de saber. - Escuto Filipe dizer e depois ele para de tossir.

- Melhor todos ficarem em um quarto enquanto esperamos as vendas. - Escuto um guarda dizer.

- Sim, faremos isso. - Escuto tio Yudi dizer.

Então Levi anda apressadamente comigo no colo. Encosto minha cabeça no peito dele e fecho meus olhos me sentindo cansada.

Abro os olhos e ainda bem que não desmaiei. Mas, sinto que posso desmaiar a qualquer momento.

Vejo o guarda que estava com Filipe abrindo uma porta do castelo e entramos em um quarto.
Aqui está sem fumaça.

Sophia senta em um pequeno sofá e diz:

- Também me sinto fraca. É muita fumaça.

Levi me coloca deitada na cama grande de casal e me olhando, diz:

- Você vai ficar bem, Sam?

- Acho que sim. - Digo o olhando. Eu digo: - Obrigada, príncipe.

Príncipe Levi se afasta de mim e Filipe senta na cama ao meu lado e beija minha testa.

Filipe diz:

- Juro que só fiquei com um pouco de ciúmes.

Rirmos e eu digo:

- O senhor sabe que Levi é o meu melhor amigo, nada mais que isso. Sempre que eu precisar dá ajuda dele irei pedir.

- Eu sei e admiro essa amizade. - Ele diz parando de rir.

- Obrigada por está aqui. - Eu digo parando de rir.

- Sempre. - Ele diz sorrindo.

Eu sorrio e Filipe pega minha mão e dá um beijo.

Levi diz:

- Eu e Sam somos grandes amigos. - Eu e Filipe olhamos para Levi e ele diz: - E amigos salvam um ao outro. Por isso agora vou atrás de Doralice. Não que ela seja minha amiga, mas me preocupo com ela.

- Josué estava conosco. - Pedro diz. - Ele depois voltou pra ver se os guardas já tiraram Doralice dá sala do chá.

- Eu vou ajudá-los. - Levi diz me deixando surpresa.

- Tem certeza, Levi? - Digo surpresa. - O senhor é um príncipe, não um guarda.

- Sou um príncipe guerreiro. - Levi diz sorrindo. Ele diz:  - Quantas vezes precisarei dizer isso para as irmãs Johnson?

- Até a gente acreditar nessa loucura! - Digo séria.

- Doralice pensa como eu. - Levi diz sorrindo. - Ela quer ser uma princesa guerreira e eu apoio. E também eu sei que ela sabe se cuidar, mas, até os guerreiros precisam de ajuda em alguns momentos.

Ele sorriu mais ainda e eu preocupada, digo:

- Levi, não! Algum guarda vai ajudar a minha irmã.

Levi se aproxima de mim e sorrindo, ele diz:

- A princesa vai ficar bem com o seu plebeu. A gente se ver logo.

Levi me dá um beijo na testa e eu fecho os olhos respirando fundo tentando não ficar mais nervosa.
Depois abro os olhos e vejo Levi olhando para Filipe que balança a cabeça dizendo sim.
Como se Levi tivesse pedido para Filipe cuidar de mim e Filipe confirmando que cuidará.
Então Levi sai do quarto.

- Ótimo, ele saiu do quarto e entrou fumaça! - Sophia diz e tossi, mas, parece que foi forçado. Só que realmente entrou fumaça no quarto.

- Alguns guardas será melhor ir com ele. - Eu digo olhando para os guardas. Eu digo: - Estou com medo de Levi enfrentar os piratas sozinho.

- Sim, princesa Samantha Johnson. - Um dos guardas diz.

Então alguns guardas saem do quarto e alguns guardas ficam no quarto.

Eu olho para Filipe e ele também está me olhando.

Eu digo:

- Eu estou com muito medo. Eu não sou como Doralice e Raabe, elas conseguem enfrentar o mundo, enfrentar os piratas e uma guerra. Eu não quero ser uma princesa guerreira, sou só uma princesa. Prefiro ficar no meu castelo em paz. Igual muitas princesas dos contos dos livros. - Filipe sorrir e eu digo: - Eu prefiro ser salva, do quê salvar as pessoas. Prefiro ser uma princesa salva pelos príncipes ou... Plebeus.

- Eu concordo em partes. - Filipe diz parando de sorrir. Ele diz: - Eu entendo que queira ser só uma princesa. Realmente a senhorita é filha e serva do Rei. O Rei Jesus Cristo. - Filipe sorrir e eu também. Ele diz: - Ele escolheu te salvar, salvar a humanidade inteira, sem esperar algo em troca, sem esperar ser salvo. Então você é mesmo uma princesa, mesmo se não fosse dá realeza. Mas... Eu concordo também que sim você precisa ter coragem, enfrentar alguns desafios e ter sua própria força. Assim como suas irmãs Raabe Johnson e Doralice Johnson. - Aos poucos eu paro de sorrir e Filipe ainda sorrindo, diz: - Elas são princesas, mas, sabem que em certos momentos precisam ser guerreiras. E continuam todas sendo filhas do Rei. Todas sendo salvas por Ele.

Eu sorrio emocionada.

Filipe levanta dá cama e se aproxima de uma geladeira pequena que tem ao lado dá cama e abre. Ele pega uma garrafa com água e se aproxima de uma mesa retangular com bandeja e copos e pega um copo. Filipe coloca a água no copo e me dá um pouco.

Depois que termino de tomar a água... Filipe coloca tudo no lugar e Vitória saindo dá varanda, diz:

- Está uma loucura lá embaixo. Mas, pelo menos muitos piratas morreram.

- Melhor se afastarem das janelas. - Um guarda diz.

Eu deito de lado na cama com o coração disparado e olho para Filipe.

- Vamos orar, Filipe. - Eu digo assustada.

- Sim, meu amor, sim. - Ele diz deitando na cama ao meu lado e me abraçando.

- Que não aconteça nada de pior com todos. - Eu digo.

Fico em frente para Filipe e nossas testas se tocam.

Ele diz:

- Vamos orar o pai nosso. Mateus 6:9-13

- "Pai nosso, que estás nos céus!
Santificado seja o teu nome. - Dissemos juntos e fechamos os olhos. Então continuamos orando: - Venha o teu Reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu. Dá-nos hoje o nosso pão de cada dia. Perdoa as nossas dívidas, assim como perdoamos aos nossos devedores. E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal, porque teu é o Reino, o poder e a glória para sempre. Amém.

Então eu e Filipe ficamos nos olhando, com a mão ele faz carinho em meu cabelo atrás dá minha cabeça. Fecho meus olhos e acabo me lembrando de quando fizemos sexo.
Abro meus olhos surpresa por lembrar daquele momento íntimo.
Filipe continua me olhando e sorrindo.
Eu quero muito fazer amor com ele novamente.
Eu o beijo na boca.

Alguém bate na porta do quarto e eu escuto o guarda em voz baixa, dizer:

- Silêncio.

Assustada eu paro de beijar Filipe.

Então o guarda abre a porta e eu sento na cama.
Não me sinto mais tonta.

Vejo fumaça entrando no quarto junto com Doralice e Josué.
Respiro fundo aliviada e levanto dá cama.
Eu e Doralice nos abraçamos.
O guarda fecha e tranca a porta.
Josué tossi.

- Que bom te ver minha irmã! - Doralice diz respirando fundo e tossindo.

Vejo Josué parar de tossir com as mãos na boca.

- Bom te ver também. E meu cunhado Josué. - Eu digo emocionada para minha irmã do meio. Eu digo: - E Raabe está bem.

- Josué me disse. - Doralice diz parando de tossir. - Graças a Deus!

Paramos de nos abraçar e mais alguém bate na porta.
O guarda abre a porta novamente e aparece o guarda que foi buscar as vendas.

- Ótimo! - Tio Yudi diz. - Podemos ir.

O guarda que entrou no quarto com as vendas tossi e o outro guarda fecha e tranca a porta.

O guarda com as vendas para de tossir e diz:

- Se a família real permitirem, gostaria de pegar algumas cobertas nesse quarto. - Eu fico confusa. Ele diz: - Se colocarem as cobertas por cima dos senhores, a fumaça será difícil de entrar e será melhor para irmão na sala secreta.

- Ótima ideia, guarda! - Doralice diz sorrindo.

Boa ideia.

Então os guardas pegam as cobertas dá cama grande e também dentro do guarda-roupa.
Doralice, Josué e Pedro ficam embaixo de uma coberta grande. Vitória, tio Yudi e a esposa de Yudi ficam embaixo de outra coberta.
Os guardam também se dividem nas cobertas.
Sophia fica colocando o sapato que inventou de tirar. Ninguém merece ter que esperar.
Eu e Filipe ficamos na mesma coberta e Sophia também vai ficar.

Eu e Filipe seguramos a coberta grande em cima dá nossa cabeça, a coberta vai até perto dos nossos pés, temos que tomar cuidado para não cair.

Filipe me olhando sorrindo, diz:

- Mais uma vez estamos dentro das cobertas. Só faltou a melhor parte.

- Senhor, Filipe, me respeite! - Digo séria e com o meu pé dentro do meu sapato, eu piso no sapato dele.

- Ai! - Ele diz e levanta o pé com o sapato.

- Cheguei! - Sophia diz ficamos embaixo dessa coberta.

Filipe vira os olhos parando de sorrir. Ele diz:

- Se alguma de vocês soltar pum, eu vômito no vestido de vocês.

- Eca! - Sophia diz.

- Nojento! - Eu digo.

Fomos para a sala secreta. O guarda pediu para seguirmos ele.

Aparecemos na biblioteca e fico surpresa que a sala secreta fica por aqui.
Não venho muito a biblioteca, então nunca saberia.

Tiramos as cobertas e deixamos em cima das mesas que tem na biblioteca.
Sophia ia dobrar as cobertas, mas, um dos guardas diz que não dá tempo.

Essa garota esquece que está em perigo!

Os guardas colocam as vendas nos olhos de princesa Vitória e nos olhos do plebeu Filipe.
Eu seguro na mão de Filipe e primo Pedro segura na mão de princesa Vitória.

- Josué agora é príncipe, então faz parte dá família real e pode ver a sala secreta. - Um dos guardas diz. O guarda também diz: - Ele também se mostrou confiável.

Então outro guarda se aproxima dá última estante dá biblioteca e do penúltimo livro, tudo no canto de uma parede.
Esse guarda puxa o penúltimo livro e uma parede se abre no meio.

Abro minha boca surpresa.

Fecho a boca e entramos nesse lugar e lembro que tenho medo de entrar aí. Ouvia Raabe falar como aqui é escuro e fedido.

Doralice, diz:

- Aqui não é tão secreto. Eu e Josué nos encontramos aqui.

Olho ao redor desse local. Tem pedras nas paredes e no chão, são pedras presas nas paredes e no chão, não tem como pegar a pedra e jogar em alguém. E aqui também tem duas velas. Só duas, que não deixa o local muito claro.

Eu digo:

- Vocês se encontravam nesse lugar nojento?

- Não parece tão nojento quando estamos apaixonados. - Josué diz sorrindo.

- Então se esse lugar for feio, Sam não vai gostar do porão dá minha casa. - Filipe diz.

Faço cara de nojo.
Não mesmo.

- Vamos nesse único corredor. - Um dos guardas diz pegando uma das velas.

Ficamos andando... Josué diz:

- Não tem saída.

Paramos de andar e um dos guarda toca em uma pedra clara na parede. As outras pedras são escuras e tem pedras claras também, mas, essa pedra que o guarda toca é bem mais clara.
Então uma parede com pedras abre para um lado.

Abro a boca novamente surpresa.

Então vejo escadas.

- A senhorita nunca me mostrou esse lugar, é porque é secreto? - Josué diz olhando para minha irmã.

- Nem eu sabia desse lugar. - Doralice diz olhando para Josué. Ela diz: - Sabia que existia, mas, nunca vim aqui.

- Nem eu. - Digo surpresa.

- Nunca teve nada no castelo. - Pedro diz. - Não precisávamos vim aqui.

- Raabe já veio, mesmo sem nada grave. - Eu digo.

- Claro ela seria a futura rainha. - Sophia diz. - Tem que conhecer o castelo dela.

- Eu já vim aqui quando teve a única guerra. - Tio Yudi diz. - Só não lembrava mais onde ficava essa sala secreta.

- Vamos, por favor. - Um dos guardas diz ainda segurando a vela. Ele diz: - As vezes eu confundo qual é a pedra certa pra abrir, então só contar as pedras e vai saber qual a certa. Contar quantas pedras são e um dos números é dá pedra certa, agora não lembro qual, mas, achei a pedra.

Esse guarda com a vela vai na frente e Josué e Doralice ficam lado e lado na escada.

Outro guarda pega a outra vela que tinha na primeira parte do lugar secreto.

Desço com cuidado as escadas para ajudar Filipe.

Ele diz:

- Escada? Agora que eu morro.

- Não exagera, algum guarda segura ele. - Eu digo. - Eu realmente não consigo.

Largo a mão de Filipe e um guarda segura na mão de Filipe.
Desço as escadas mais a frente deles.

- Estou brincando! - Filipe diz rindo. - Do chão eu não iria passar!

Ninguém acha graça. Filipe para de rir.

O guarda mais embaixo das escadas e que desceu primeiro, algumas vezes ele para de andar mostrando a vela para a gente enxergar melhor, pois, essa parte do lugar secreto é mais escuro.
Só que também tem o guarda em cima, o último a descer as escadas que também segura uma vela.

- Algum guarda segure minha princesa também, por favor. - Pedro diz atrás de mim.

Pedro solta a mão de Vitória e o outro guarda segura a mão dela e continua segurando a vela com a outra mão.

Vitória atrás de mim, diz:

- Não me solta guarda. De olhos vendados é novo pra mim.

- Tudo aqui é novo para nós princesas, não acredito que estou aqui! - Sophia diz com cara de nojo. Ela está mais a frente.

Tio Yudi está ao lado de Sophia e a esposa dele está na escada abaixo ao lado de um guarda.

- Te soltei meu amor, porque poderia cair dá escada, já que está mais ou menos escuro por aqui. - Pedro diz. - Prefiro o guarda do seu lado. Se pudesse eu ficava do outro lado, mas, não dá para mais de duas pessoas nos degraus dá escada. Vou ficar atrás dá senhorita e te segurar se cair.

Pedro já está atrás de Vitória.

- Para onde iremos? - Tio Yudi diz.

- Também estou curiosa. - A esposa dele diz. - Aqui fica o lugar secreto?

- Já estamos no lugar secreto. - Diz o guarda do lado dela.

- Por favor, deixem os guardas trabalharem. - Josué diz ao lado de Doralice. - Eles sabem onde nos levar.

- Iremos para a floresta, mas, vamos descer essas escadas com calma, podem ter bichos. - O guarda com a vela e que desceu as escadas primeiro diz.

- Para a floresta? - Pedro diz.

- Bichos? - Eu e Sophia dissemos.

Começo a sentir fedor de esgoto.

Eu digo:

- Credo, que fedor!

Coloco a mão no nariz e Filipe diz:

- É, aqui não dá pra ficar.

- Eca. - Sophia diz.

- Estamos chegando, eu espero. - A esposa de tio Yudi diz.

- Sam, está na minha frente? - Filipe pergunta.

- Sim, querido. - Respondo.

Então Filipe pula em minhas costas, me assustando, mas, rapidamente consigo segurar nas coxas dele.
Filipe com as mãos seguram em meus ombros e ele fica rindo.
Quase cair, mas, por sorte estou no fim das escadas e depois saio das escadas pisando no chão.

- Filipe! - Digo assustada. - Eu podia ter te derrubado!

Meu coração está disparado.

- Até que está forte, irmã. - Doralice diz com a mão na boca segurando o riso. Ela diz: - Segurando Filipe sem derrubar.

- Claro, ele é um magrelo. - Eu digo.

Filipe pra de rir e Doralice, eu e Sophia damos risadas.

O guarda com a vela, Doralice e Josué já estão fora das escadas, desceram primeiro que eu, Filipe e o outro guarda.

Filipe diz:

- Foi esse magrelo que te conquistou, Samantha Johnson.

Doralice, eu e Sophia paramos de rir.

A esposa de Yudi, o guarda ao lado dela, Yudi e Sophia também já estão fora dá escada. Eles saíram das escadas depois de Doralice, Josué e o guarda com a vela. Eu, Filipe e o outro guarda saímos das escadas depois dá minha irmã, meu cunhado e o guarda que saíram.

Eu jogo Filipe no chão. Os pés dele tocam no chão e ele quase cai.

Eu sorrio cruzando os braços e eu digo:

- Desculpa meu anjo, não conseguir te segurar por muito tempo.

- Sem graça. - Filipe diz.

Realmente não iria conseguir segurar ele por muito tempo.
Um magrelo pesado!

Sophia olhando para os sapatos, diz:

- Não quero mais esses sapatos fedido de esgoto.

O último guarda com a vela, Vitória e Pedro saem das escadas.

Ficamos andando por um corredor seguindo o guarda dá frente que continua com a vela. E o guarda atrás continua com a outra vela. Ao total são quatro guardas, dois com as velas.

O guarda na frente com a vela, diz:

- Falta somente esse corredor. Estamos quase saindo do castelo.

Então paramos de andar no fim do corredor e tem mais uma escada. Só que a escada anterior era pra descer e feito de pedra. Essa escada que vejo agora é pra subir e feito de madeira.

Então sem ser os guardas que estão com as velas, o outro guarda sobe a escada e depois para de subir puxando um quadrado preto para fora e vejo que é uma porta de madeira marrom, não preta. Acho que vi preto por causa dá escuridão.

Abro a boca surpresa.

- Uau! - Pedro diz.

- É muita roupa em mim, posso me atrapalhar ao subir essa escada. - Sophia diz.

- Mais escada? - Filipe diz ainda vendado.

- Vamos logo, pelo visto já chegamos na saída, vejo árvores! - Tio Yudi diz.

Depois que subimos as escadas... Os guardas fecham essa porta e colocam matos em cima para esconder a porta. Se é que posso chamar isso de porta.
Então os dois guardas apagam as velas e deixam no chão dá floresta.

Então estamos na parte da floresta que o chao tem areia dura e as árvores são grandes e grossas com folhas.
Andamos um pouco pela floresta.

Quem diria que meu castelo vem até aqui? Mas, realmente meu castelo é perto dá floresta. Só que aqui estamos bem dentro da floresta, não perto!

Paramos de andar, os guardas que estavam com as velas tiram as vendas dos olhos de Filipe e Vitória.

- Na floresta? - Filipe diz olhando ao redor. - Eu reconheço esse lugar! - Filipe e Vitória entregam as vendas aos guardas e Filipe diz: - Antes de entrar no castelo para o café dá manhã em especial para mim, eu deixei meu cavalo aqui perto.

- Porque? - Digo confusa. - Tem espaço para seu cavalo perto do castelo!

- Eu iria querer me encontrar depois com a senhorita na floresta. - Filipe diz me olhando sorrindo. Ele diz: - Então deixei logo o cavalo aqui.

- Desde quando Samantha gosta de ficar na floresta? - Doralice diz olhando para Filipe. Depois ela me olha e diz: - Você tem pavor!

- Graças a Filipe estou começando a gostar. - Digo sorridente.

- Vou pegar o cavalo. - Filipe diz.

- Não demore, não sabemos se os piratas virão pra cá. - Diz um dos guardas.

- Eu vou com você, Filipe. - Digo me aproximando dele.

Filipe segura em minha mão e corremos pela floresta.
Vejo dois guardas vindo atrás dá gente.

Então Filipe se aproxima do seu cavalo marrom e grita:

- AMIGÃO!

O cavalo parece feliz em vê-lo. O cavalo está preso em uma corda e a corda está presa na árvore.
Filipe com as mãos faz carinho no rosto do cavalo. Então Filipe tira a corda dá árvore e do cabalo marrom. Depois Filipe enrola a corda e deixa presa no ombro. Ele sobe no cavalo e me aproximo dele e Filipe estica a mão e eu dou um beijo na mão dele e ele me ajuda a montar no cavalo.

Eu coloco as mãos na cintura de Filipe e digo:

- Obrigada.

- Sabia que o nome do meu cavalo é amigão? - Filipe diz olhando para o rosto do cavalo.

- O quê? - Eu digo rindo. Eu digo: - Chamou seu cavalo de amigo? Tinha que ter um nome e poderia ser chamado de amigo.

- Há, sempre irei chamá-lo de amigão, não amigo. - Filipe diz com a mão fazendo carinho na cabeça do cavalo. Ele diz: - Então porque não ser esse o nome dele?

- Você é doido! - Eu digo rindo mais ainda.

- Eu sei. - Filipe diz rindo.

Aos poucos paramos de rir.

Eu lembro que soube dá cor favorita do Levi, que é amarelo e resolvo saber a cor favorita de Filipe. Assim as vezes posso impressioná-lo.

Eu pergunto:

- Tenho curiosidade. Qual sua cor favorita?

Ele me olha e então depois olha para frente e os guardas se afastam andando pela floresta.

Filipe diz:

- Saiba que não irei falar isso só porque a senhorita está usando vestido branco. Mas, minha cor favorita é branco.

- Hum, não é por minha causa hein? - Digo desconfiada perto do ouvido dele e rindo com minhas mãos fazendo cócegas na barriga dele.

- É sério! - Ele diz rindo e mexendo a cintura dele. Eu paro de fazer cócegas, mas, continuo com minhas mãos na cintura dele. Ele vira a cabeça para me olhar, ainda rindo, ele diz: - Por incrível que pareça a senhorita está usando bastante branco ultimamente.

Paro de rir, constrangida.
Mas, ele já devia entender os sinais que tem que me pedi em casamento!

Ele para de ri e eu digo:

- Eu acho branco sem graça, mas, meus vestidos até que não são. - Eu olho para o meu vestido e digo: - Eu até me casaria com esse!

- Branco combina com tudo, por isso eu gosto. - Filipe diz e olho a cabeça dele que está de costa para mim. Ele diz: - Também é discreto assim como eu.

- No meu vestido o branco não está discreto. - Digo zangada tirando minhas mãos dá cintura dele. Eu olho novamente para o vestido e digo: - Eu me casaria com esse vestido, é tão lindo!

Sorrio e Filipe ainda de costa pra mim, diz:

- Chamaria mais atenção se fosse vermelho. A senhorita gosta de chamar atenção. Branco é discreto sim e eu amo.

Reviro os olhos e respiro fundo por ele não entender as indiretas que eu dei.

Com certeza eu não casaria com esse vestido, é lindo, mas, eu tenho melhores. Eu compraria um novo.

Eu coloco as mãos na cintura dele com grosseria e digo:

- Está bem, Filipe! Estão nos esperando, temos que ir.

- Pode ainda me chamar de príncipe se quiser. - Ele diz virando a cabeça e me olhando. Ele sorri e diz: - É o que sempre serei para a senhorita.

Meu coração dispara e minha barriga dá um friozinho.
Não consigo ficar irritada com ele por muito tempo!

Eu sorrio olhando seus belos lábios e depois olho para seus olhos e digo:

- Realmente o senhor tem um coração de príncipe. Mas, eu estou feliz por ter me apaixonado por um plebeu. Nunca imaginei, mas... Eu quero que seja o senhor mesmo, não finja mais ser outra pessoa. Me apaixonei por você meu plebeu cavaleiro.

Dou um beijo na bochecha dele.
Ele sorri mais ainda e saímos daqui.

4515
palavras

Hello Pessoas... Me divertir bastante com esse capítulo! Espero que vocês também. Gosto muito do jeito engraçado ou tentando ser engraçado do Filipe. E estou amando ainda mais ele com Sam, espero que vocês shippem também!
E o que acharam desse lugar secreto? E todos pensando que Raabe está bem, coitados!
O que vocês acham que vai acontecer com a rainha?

Eu percebi que o plebeu Elliot não apareceu muito nesse segundo livro, só no primeiro. Sei que ele já tem fãs, digamos assim kkk, leitoras que gostaram dele e eu peço desculpas por ele não aparecer tanto nessa continuação. Mas, se Deus quiser no terceiro livro isso vai mudar! Ele irá aparecer bem mais. Aguardo vocês no terceiro livro também. A capa O Espírito Santo já fez e eu amei!

Até a próxima se Deus quiser!

Bejuuus de luz <3

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