VI - Príncipe por uma noite

Fico conversando com minha prima Doralice sobre o beijo que minha prima Samantha deu no primo de Levi. Todos estão surpresos e comentam sobre essa notícia que vai fazer mais sucesso do que meu encontro com Vitória.
Meu pai vai enlouquecer, eu não me importo com a fama, puxei a minha mãe. Já meu pai e minha irmã gêmea amam a fama, mesmo que falem mal deles.

Eu e minha favorita Doralice tínhamos ido atrás dá minha prima Samantha. Mas, quando chegamos lá perto das escadas, um plebeu já estava com ela. E falo sobre isso com Doralice.

Eu digo:

- Quem diria que Samantha iria dançar com um plebeu? E já foram duas danças.

- Plebeu? - Doralice diz surpresa. Estamos andando pelo corredor do meu palácio. Doralice diz: - Mentira que ele é plebeu! E aquela roupa?

- Também gostaria de saber onde ele encontrou aquela roupa. Mas, eu vi as imagens dos plebeus escolhidos, as casas que foram sorteadas. Ele com certeza não é um príncipe. Foi um dos sorteados. 

- Há, só assim para o senhor perceber, primo. Pois é lerdo em algumas situações. 

- Obrigado pela sinceridade. - Digo sem me sentindo ofendido. 

- E Samantha deve saber disso, não é? Ela está tentando se aproximar dos plebeus, deve estar querendo mostrar isso para todos.

- Eu vou perguntar para ela. Mas, é muito estranho ele agir como príncipe. Não sei muito qual o jeito dos plebeus andar, mas, a forma que Filipe anda, o jeito que ele está falando... Parece um príncipe.

- Acho bom ele não estar enganando a minha irmã. 

- Seria ruim? 

- Pedro! - Doralice diz parando de andar e com a mão dando um tapa rápido no meu ombro.

- Perdão, mas, sua irmã não é fácil. - Digo parando de andar. - O mundo girou e foi contra ela, talvez ela mereça ser amiga de um plebeu.

- Sem saber nada sobre ele? Ela vai continuar gostando de príncipes, se ele estiver fingindo mesmo.

- Há é. 

Para minha surpresa, o plebeu Filipe aparece passando por nós.
Eu não penso muito e o chamo: 

- Filipe! - Ele para de andar ainda de costa para mim. Eu me aproximo e digo: - Ou será Matias? Eu vi seu nome na lista dos sorteados e está Filipe. O plebeu. Mas, na lista de dançarinos dá noite, para dançar com a princesa Samantha está Matias. Como se fosse um príncipe. Qual seu verdadeiro nome?

Ele vira em minha direção e diz:

- Filipe, é o meu verdadeiro nome, alteza. O mesmo nome que eu disse para Samantha. Mas, ela não sabe do meu segundo nome Matias. Também é um nome verdadeiro.
Só que se eu colocasse meu primeiro nome na lista dos dançarinos, não iriam permitir, pois, só príncipes dançam com as princesas. E eles sabem pelo meu nome verdadeiro que sou o plebeu que foi escolhido do sorteio. 

- A rainha Raabe já deixou os plebeus dançarem com as princesas. Mas, as princesas que decidem se dançam ou não com eles. Já os príncipes podem escolher as princesas sem a permissão delas.

- Não sabia disso, senhor.

- Agora sabe. O senhor não mentiu sobre seu nome para ela, mas, mentiu sobre quem o senhor é, correto?

Ele respira fundo e abaixa a cabeça olhando para o chão, ainda de máscara. Ele diz:

- Eu já estou indo embora, ok? - Ele me olha e diz: - Ela nunca mais vai me ver. Ela está muito mal agora, então por favor, não cause mais problemas falando sobre mim.

- Vamos conversar. Eu e o senhor. - Digo.

Eu viro de costa indo em direção ao outro corredor. Doralice me olha confusa. Espero que ela não me siga. 

Nesse outro corredor, dessa vez não tem nenhum convidado aqui, só os guardas nas portas.

Plebeu Filipe aparece e coloca as mãos na cintura ao meu lado. Ele diz:

- Vai contar pra ela?

- Não. - Digo o olhando. - Com uma condição.

- Lá vem bomba. - Ele diz cruzando os braços.

- Seja o senhor mesmo. Sem mentiras dá sua personalidade.

- Eu estou sendo. Quero realmente mostrar pra ela que gente pobre também é legal.

- Mas, porque o senhor iria querer mostrar pra ela?

- Eu... Eu gosto dela. - Ele diz e para de cruzar os braços. Ele diz: - Eu a vejo de longe faz anos. Vi os talentos dela. A forma que ela tratava as pessoas. Eu quis acreditar que ela poderia ser uma pessoa melhor... Melhor do que julgam nos jornais. E eu estava certo, ela está bem melhor. É uma pessoa maravilhosa. E graças a Deus. 

- Sim, ela disse que esse deus está ajudando ela a mudar. Uma das coisas é não mentir.

- Eu sei, ela me disse. - Ele diz colocando as mãos no bolso dá calça. Ele diz: - Pior que não consigo me sentir mal. Ela criticou tanto os plebeus, só por serem pobres. Nunca procurou conhecê-los. E agora ela me conhece e sabe que tem algo legal em mim. Ter dinheiro ou não, isso não define caráter.

- Com certeza. - Digo.

- Mas, confesso que eu também queria conquistá-la. E só seria possível, fantasiado de príncipe.

- O senhor é ator?

- Desde criança. Aprendi com a melhor... Minha avó, senhora Robson.

- Está explicado, o senhor fingiu muito bem ser príncipe. Se eu não olhasse no sorteio, nunca imaginaria.

- Obrigado. Mas, eu prefiro cantar ou tocar piano, só atuo quando necessário. 

- Compreendo. Sam também é atriz.

- Eu sei. A gente tinha tudo pra dar certo. - Ele diz e vira de costa indo embora.

- Já vai desistir dela? - Pergunto surpreso.

Ele para de andar e vira em minha direção e responde:

- Não sou de desistir fácil. Ainda mais de uma princesa.

- Que ótimo. - Digo sorrindo. - Eu amo minha prima, mas, ela merece passar por isso. - Eu paro de sorrir e digo: - Só não a magoei ainda mais... É melhor ser só amigo e depois revela tudo. E aí se ela ainda quiser algo mais, serei um dos padrinhos do casamento.

Ele ri e diz:

- Combinado.

- Vou investigar mais sua vida, rapaz. -  Digo sério. - Estou de olho no senhor.

- Tem toda razão. - Ele diz se aproximando de mim e para de ri. Ele diz: - Será que... Eu poderei voltar aqui? E assim o senhor marca algo com ela.

Eu ri com a ousadia dele. Eu paro de ri e digo:

- O senhor é muito ousado. Não perde tempo em estar em um palácio, não é mesmo?

- Será incrível vim aqui mais vezes, mas, não ligo para o luxo e sim para a princesa Samantha. - Ele diz. 

- É claro... Será bom vim aqui mesmo, o plano ficará melhor.

Eu estendo a mão e ele também estende a mão dele e damos as mãos. Ele diz:

- Obrigado.

- Como foi ser príncipe por uma noite? - Digo brincando.

- Fácil por ser ator... Difícil por está apaixonado por uma princesa de verdade.

Eu sorrio. Espero que ela sinta o mesmo.

Ele solta a mão dá minha e eu pergunto:

- E como conseguiu essa roupa? Eu sei que os plebeus usam terno, mas, esse terno é bastante... Bastante grande.

Me atrapalho com as palavras e ele ri dizendo: 

- Pode dizer bastante caro para um plebeu, príncipe Pedro. Eu sei.

- Eu não quis ofender o senhor.

- Eu tenho um bom emprego. Guardei bastante dinheiro para comprar alguns ternos. Mas, esse... Meu pai roubou. Ele foi ladrão por anos e deixou algumas roupas em minha casa antes de me abandonar. 

- Nossa... - Digo surpreso. Eu digo: - Eu lamento.

- Não lamente. Melhor mesmo ele bem longe de mim e dá minha avó. Ela é a mãe dele, infelizmente. 

- Bom... Então esse terno foi se preparando para esse momento de conhecer a princesa Samantha Johnson? - Brinco de novo. 

- Sim, mas, não só por ela. Realmente acho lindo essas roupas.

- Entendi. Obrigado pela sinceridade.

- De nada. Falando em sinceridade, eu confesso que odeio usar essa roupa roubada. Mas, eu precisava vim ao baile dá melhor forma possível.

- Eu entendo.

- Se pudesse, se eu soubesse quem é o dono desse terno, com certeza eu devolveria.

- Não duvido do senhor.

- Nos veremos logo.

Ele sai daqui.

Eu apareço no salão que acontece o baile de máscara e procuro pela minha princesa Vitória. Mas então meu pai se aproxima de mim e pergunta por Samantha. Eu digo onde a vi.
Meu pai sai daqui e então resolvo ir atrás dele para saber porque ele está tão nervoso. Atena aparece e vai atrás da gente.

Meu pai encontra Samantha e reclama com ela dizendo que é um absurdo ela beijar na frente das pessoas e ainda por cima ela nem é casada com ele!
Atena também reclama com Samantha, disse que Samantha poderia ter beijado ele em outro lugar e conversasse com a família sobre estar apaixonada por esse príncipe, mas Samantha disse que não está apaixonada por ele, o que deixou tudo pior.
Eu resolvo não me intrometer e vou procurar minha princesa Vitória.
Eu a vejo conversando com um grupo de princesas.

Por trás, com as minhas mãos, eu seguro na cintura dá minha amada e sorrio dizendo:

- Oi.

Ela me olha e diz:

- Oi.

Algumas princesas dão uns gritinhos animadas por vê eu e princesa Vitória juntos.

Eu pergunto:

- Podemos conversar, madame?

- Claro, Pêpê. - Princesa Vitória responde e olha para as princesas e diz: - Com licença, meninas.

- Com licença. - Digo.

Subimos as escadas. Aparecemos em um corredor e entramos em meu quarto.

Sorridente, eu digo:

- Irei pedir para pintarem as paredes de preto e colocarem alguns móveis escuro. - Eu a abraço por trás e digo: - Enquanto isso ficaremos no quarto do lado. Quando estiver tudo pronto, voltamos para cá.

Ela vira em minha direção e coloca as mãos ao redor do meu pescoço. Fico com os braços ao redor da cintura dela.

Ela diz:

- Isso é ótimo. Mas, não precisa fazer isso por mim.

- É claro que preciso. A senhorita já vai se mudar para o meu palácio. É o mínimo que eu posso fazer.

- O mínimo é estar comigo.

Eu sorrio mais ainda e digo:

- O baile está acabando...

- Sim, está. - Ela diz ainda sem eu ouvir alguma risada.  

- Verei seu rosto... - Eu digo animado.

- Sim, verá. - Ela diz e parece séria.

- Eu quero te fazer um pedido. - Digo sorrindo e tirando as mãos dela do meu pescoço e seguro nas mãos dela.

- Vai me dá um anel? - Ela diz rindo.

Fico feliz por ouvir sua risada. Gostei.

Sorrindo, eu digo: 

- Não... Temos um casamento arranjado, não acho que precise de anel, mas se quiser...

- Não precisa. - Ela diz aos poucos parando de rir.

- Ok... - Eu digo sorrindo. - Doralice é a minha prima favorita... - Princesa Vitória para de rir e eu continuo dizendo: - Então eu gostaria que ela fosse a madrinha do nosso casamento. A senhorita pode escolher outras pessoas se quiser para também serem madrinhas. E pode escolher o padrinho.

- Pode escolher quem quiser, não tenho amigos. - Princesa Vitória diz.

- Sério? - Digo surpreso parando de sorrir. Eu digo: - E aquelas mulheres que a senhorita escreveu sobre elas nas cartas.

- São conhecidas. - Princesa Vitória diz. - Pessoas incríveis, mas, não são amigas para está no meu casamento. 

- Entendi... Então as madrinhas serão Doralice e Sophia, se não Sophia conta para os jornais que sou um péssimo irmão. - Princesa Vitória ri e eu acabo rindo também e digo: - E os padrinhos... - Aos poucos paramos de rir. Eu digo: - Não sei quem coloco como padrinho... Pode ser o noivo de Doralice. Eu também não tenho amigos.

- Eu lembro, o senhor me disse. - Ela diz.

- Combinado então. - Eu digo sorrindo. 

Ela levanta um pouco o véu me deixando surpreso por ver sua boca.
Seus lábios são vermelhos e parecem naturais.
Então ela beija minha bochecha e fecho os olhos me sentindo em um sonho.

Ela para de beijar minha bochecha e nos olhamos.

Ela diz:

- Combinado.

Eu sorrio e digo:

- Nossa... Seus lábios. Finos e pequenos, e lindos.

Ela sorri, minha nossa que dentes lindos. São grandes, todos no lugar.

Ela diz:

- Acredita que não estou usando batom? Essa é a melhor parte dos meus lábios. Mas, eu uso batom as vezes, eu amo vermelho.

- E eu amo você. - Falo sem pensar.

Ela solta o véu deixando cair escondendo a boca de novo e então me dou conta do que disse.

Minha nossa. 

Ela diz:

- Quando percebeu?

- Há... É... Eu, eu falei sem pensar, desculpa. - Digo nervoso e com as mãos toco nos ombros dela. Eu digo: - Fiquei tão encantado, e, eu não sei.

- Então o senhor não me ama? - Ela diz se afastando.

- Não! Não é isso. - Digo me aproximando dela, ainda de frente um para o outro. Eu digo: - É só que as vezes as pessoas planejam para dizer essas palavras e eu simplesmente disse. Eu planejei, algo especial, para depois dizer. 

- Hoje é especial. - Ela diz e olha ao redor do quarto e diz: - Mesmo nesse quarto claro demais.

Nós dois rirmos e eu digo:

- Eu amo... A senhorita. - Paramos de rir nos olhando, eu sorrio e digo: - Eu descobri que amo, quando a senhorita me contou sobre seu irmão. Eu vi como a senhorita o amou, cuidou dele mesmo ele sendo o mais velho. E eu falei, eu quero ela cuidando de mim desse jeito. E claro será diferente, pois, não sou seu irmão. Mas, serei seu marido e eu desejo tanto ser.

- Isso é lindo, meu príncipe! - Ela diz, mas parece séria.

- É a sua vez. - Eu digo ansioso. Ela olha ao redor do quarto e percebo algo estranho. Eu paro de sorrir e digo: - Há não ser que... Não me ama. Não sente o mesmo por mim?

Ela se afasta e senta na cama de casal confortável. 

Olhando para a porta, ela diz:

- Não amo.

Isso dói.
Mas, ela tem que ser sincera.

Eu me aproximo dela e sento ao seu lado, com a mão toco na mão dela que está em cima dá cama.

Olhando para ela, eu acabo sorrindo. Não tem como ficar sem sorrir perto dela. Mesmo ela não sentindo o mesmo que eu.

Eu digo:

- Está tudo bem. Deixa acontecer se for pra acontecer. Se for pra me amar. Não a culpo. Não escolhemos o que sentimos.

- Obrigada. - Ela diz virando em minha direção e me olhando. Ela diz: - É que depois dá morte do meu irmão... Eu fiquei com o coração fechado para qualquer pessoa. Até amar os meus pais não é mais a mesma coisa.

- Nossa. - Digo surpreso parando de sorrir. Eu digo: - Espero que um dia isso passe. Pois, é bom ter sentimento, principalmente o amor.

- Eu sei. - Ela diz abaixando a cabeça.

Com a mão eu toco no queixo dela mesmo com o véu da pra imaginar onde é o queixo dela.
E então eu levanto a cabeça dela.

Eu digo:

- Não se culpe por se sentir assim. Só queira não sentir, tente, e vai passar.

- O senhor pode se retirar? - Ela diz com voz de choro. - Por um tempo. Eu só preciso tirar um pouco esse véu.

- Há, claro. - Digo levantando dá cama.

- O problema não é nem o véu, mas, sim a máscara que uso por trás.

- Máscara? - Digo surpreso. - Está usando máscara? Usando véu e máscara?

Ela ri e eu acabo rindo também e fico feliz por vê-la animada

Ela diz:

- Sim, claro. O Senhor disse que é baile de máscara. Eu sigo as regras.

Rirmos mais ainda e ela levanta dá cama.

Então paramos de rir aos poucos e fico aliviado. 

Eu digo: 

- Realmente precisamos rir.

- Obrigada. - Princesa Vitória diz. - É ótimo rir com o senhor. 

- De nada. Mas, a senhorita não segue as regras. Então não usaria máscara. 

Ela ri.

Seguro as mãos dela e dou um beijo.
Minha máscara não esconde a parte dá boca e nem as bochechas. 
Saio do quarto e volto para o salão.

Me aproximo de Doralice perto de Elizabeth e Josué. Então eu digo:

- Doralice e Josué, preciso pedir algo.

- O quê? - Doralice diz e toma um gole do suco de morango na taça.

- Vocês querem ser os padrinhos do meu casamento? - Eu digo.

Doralice bota para dentro do copo o suco que tinha tomado e Josué me olhando, diz:

- Nossa, mas, nem somos próximos.

- É um ótimo homem, e noivo dá minha prima favorita. E eu não tenho amigos. - Digo sincero.

Josué e Elizabeth riram e Doralice me abraça dizendo:

- Você é o melhor!

Sinto meu terno molhar e digo:

- Dora!

Doralice se afasta e vejo que melou o suco de morango no meu terno vermelho.

Ela diz:

- Meu Deus, me desculpa! Foi muita emoção, querido primo! Séria a madrinha do seu casamento, estou muito feliz!

Todos rirmos.

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Hello Pessoas... Então descobrimos sobre o jovem misterioso. Ele é um plebeu! Quem tinha percebido?
E Pedro e Doralice irão permitir que Samantha seja enganada! Isso vai dar o que falar... Aguardem os próximos capítulos!
E o que estão achando de Vitória e Pedro?
Obs: Eu amo essa amizade de Doralice e do Pedro 🤗

Bejuuus de luz 😍 🙏 Fiquem com Deus!

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