XXVII - Revelação

- VITÓRIA ESPERA! - Grito correndo atrás dá minha esposa.

- ME DEIXE EM PAZ! - Ela grita andando apressadamente pelo corredor.

Consigo me aproximar dela e seguro o braço dela e a viro em minha direção.

Eu grito:

- POR FAVOR!

- ME SOLTA! - Ela grita soltando o braço dela.

- Me desculpa. - Digo sem gritar e com as mãos para cima. Eu digo: - Não quero te agredir.

Estamos parados no corredor um em frente para o outro.

Ela diz:

- Já me agrediu quando me acusou na sala do chá. Acha que eu ia fazer algo com a rainha?

Abaixo as mãos e olho os guardas no corredor. Eu a olho e digo:

- Vamos conversar.

Com minha mão eu seguro na mão dela e entro em uma sala. Tem dois guardas.

Vitória solta minha mão e diz:

- Eu não tenho mais nada pra falar com o senhor.

- Guardas, por favor, saiam. - Digo.

Os guardas nos olham e saem dá sala.

Os guardas não ver problema em sair dessa sala por saber que eu e Vitória nos conhecemos. E também nem em toda sala e quarto eles precisam estar. Mas, se fosse eu e algum desconhecido, eles teriam que ficar na sala.

- O que você quer, Pedro? - Vitória pergunta.

- Você está planejando fazer algo ruim com alguém. - Respondo. - Já admitiu isso. Estou ficando maluco para descobrir quem é! E eu sei que é alguém dá minha família. Acha que eu vou confiar na senhorita agora? Como não vou te acusar de algo?

- O senhor está atrapalhando os meus planos. Os cobras irão vim atrás de mim se eu não cumprir minha missão.

- A senhorita tem a mim! Tem os guardas. Só precisa se afastar desses loucos!

- Eu também quero cumprir a missão. O senhor nunca vai entender. Tem sua irmã perto de você, ninguém morreu na sua família!

- Não é verdade! O pai dá rainha Raabe e princesa Doralice morreu. Meu tio mais próximo! Eu sofri bastante, Vitória. Não é só você que sofre com a perda de alguém. Perdi a mãe das minhas primas também, a mãe de Samantha e a lista continua... Não é só você que sofre nesse mundo.

- O antigo rei, pai das irmãs Johnson não morreu em uma guerra. Ninguém dá sua família morreu na guerra. O antigo rei Eduardo morreu com uma doença que pode surgir em qualquer pessoa. A mãe de Doralice e Raabe morreu no parto de Doralice. A mãe de Samantha morreu do coração, ninguém imaginoi que ela estaria doente. E por aí vai! É totalmente diferente da morte do meu irmão que foi em uma maldita guerra! Então sim, Pedro, minha dor é diferente dá sua e talvez pior!

- Sua dor não vai passar machucando alguém.

- Você não tem como saber disso. E quer saber? O senhor quer a grande revelação? Sim! Estou atrás dá rainha Raabe Lis Stevens Johnson. Os cobras compraram uma poção na mão dá famosa bruxa chamada Serafina Brianna e Raabe iria ter um sono maravilhoso e profundo. Só iria acordar depois de um tempo e assim os cobras iriam invadir o castelo e tirá-la daqui e eu iria matá-la.

Minha nossa. Eu estava certo. Tinha algo no chá.
Minha esposa além de seu unir aos cobras, se uniu a uma bruxa perigosa para matar minha prima e rainha de Emeth!

- Minha nossa. - Digo surpreso. - Está sendo pior do que eu pensava. A senhorita vai matar a rainha do país Emeth. Ficou louca? O povo desse país irão querer que você seja enforcada. Mesmo Raabe não querendo.

- Eu não ligo. - Vitória diz. - Já me sinto morta por dentro, Pedro. Sinto muito por você está envolvido na minha vida pessoal.

- Não diga isso. - Eu digo preocupado. - Não diga que está morta.

- É a verdade. - Ela diz virando-se de costa para mim.

- Como Raabe não soube que a bruxa deu aos cobras a poção? Os guardas estão vigiando a bruxa.

Eu fico na frente de Vitória e ela diz:

- A bruxa tem os truques dela. E na verdade, ela já tem um acordo com os cobras faz tempo. Eles já tinham a poção antes mesmo de Raabe saber quem é a bruxa. E pra ser sincera foi por isso que me casei com o senhor. Eu sabia que o senhor é príncipe e primo de Raabe Johnson. Então era a oportunidade perfeita para eu me aproximar dela.

- O quê? - Digo surpreso. - Você me usou?

- Não exatamente. Quando meu irmão morreu... Eu não estava pronta para amar alguém. Eu te falei. Nem estava pronta para me casar, só quis me concentrar treinando. Então treinei por cinco anos. No sexto ano, eu conheci os cobras e eu realmente quis entrar em um grupo de criminosos. Eu só queria machucar as pessoas e tirar essa dor que eu sentia. - Ela respira fundo e diz: - Então, eles foram me dando informações que eu precisava e também pesquisei como ir atrás de algumas pessoas. Depois de três anos, fui me preparando para ir atrás dá rainha Raabe. Os cobras queriam tirar os reis do poder e eu queria me vingar dela por a mãe dela ter ficado viva por um momento e o meu irmão não. Eu só na sabia como me aproximar de Raabe e...

- O quê? Por isso quer matar Raabe? - Digo surpreso a interrompendo.

- Deixa eu terminar de falar. - Ela diz colocando o primeiro dedo dela em meus lábios. Eu fico olhando o dedo dela. Muito ousada. Ela diz: - Então graças ao meu querido pai... Ele me perguntou o que eu achava de você. Eu a olho e ela tira o dedo dela dos meus lábios e me olhando, diz: - Meu pai disse que fez um acordo com o seu pai para nós dois nos casarmos. Assim não teria guerra com o país Emeth. Pois, como o senhor sabe alguns países quiseram fazer guerra com o país Emeth por descobrirem que a filha do falecido rei agora rainha quer ser cristã. Ela poderia querer que o público dela fosse cristãos também. Então alguns reis não aceitaram como você sabe e iam fazer guerra. - Ela anda pelo quarto e sem me olhar, diz: - Como meu país também é cristão... Meu pai entendeu a situação. Ele já passou por algo parecido. E então nossos pais se uniram e como prova eu me casaria com o senhor. - Ela está com os braços retos e então junta as mãos em conjunto e continua andando. Ela diz: - Mas, seu pai garantiu que eu só me casaria com o senhor se o meu pai respeitasse o país Emeth. - Ela para de andar distante me olhando e diz: - Afinal como o senhor sabe já houve guerra entre meu país e o seu, graças ao maldito avô de Raabe. Seu avô também, não é? Que não queria liberar os escravos. Está vendo como sua família é complicada? - Ela respira fundo e diz: - E então eu disse que iria me casar com você. Porque assim eu conseguiria me aproximar de Raabe. Mas, mesmo se eu não quisesse, meu pai me obrigaria a casar com o senhor. Já passei da hora de casar, como ele costumava dizer. E mesmo o senhor sendo ateu e eu cristã, o meu pai só queria me casar com algum príncipe. E claro ele não sabia que eu queria matar a rainha de Emeth.

Ela afasta as mãos e eu coloco as minhas mãos na cabeça e olho para o chão.

Parece que o teto desse quarto está desabando em minha cabeça.
Horrível conhecer de verdade minha esposa.

- Calma, é muita revelação. - Eu digo e me sinto tonto. Eu digo: - Eu fui usado, os cobras não querem mais ninguém na autoridade, nossos pais não sabem disso, você quer matar minha prima... Minha nossa é muita informação horrível... - Eu tiro as mãos dá cabeça e olho para Vitória. Eu digo: - A senhorita achou injusto seu irmão morrer naquela guerra e minha tia não e por isso está atrás de Raabe. Minha nossa, eu preciso conversar com Raabe.

- Nunca irão acreditar em você. - Vitória diz se aproximando de mim lentamente. Ela diz: - Eu tomei o chá, claro sem poção. Só tinha na xícara dela. Raabe viu você todo descontrolado. Eu posso inventar qualquer coisa ao seu respeito e as irmãs Johnson irão acreditar. - Vitória ri e para de andar na minha frente, ela diz: - Ainda mais que elas acham injusto como a sociedade tratam as mulheres. É sua palavra contra a minha, querido esposo.

- Você talvez seja pior que aquela bruxa. - Digo com os olhos de lágrimas. Vitória para de ri e eu digo: - Eu nem consigo acreditar que me casei com a senhorita.

- Eu digo o mesmo. - Vitória diz séria. - Achei que fosse me apoiar. Que seria um verdadeiro príncipe. Mas, só sabe ver o seu lado e dá sua família.

- Eu não vou ficar do lado de uma pessoa que tem comportamentos errados! Eu fui seu amigo, seu marido, te tratei como uma mulher merece ser tratada. Mas, não vou fazer tudo que a senhorita quer. Não vou ficar do seu lado nesse plano horrível mesmo se não fosse contra alguém dá minha família.

- Pra mim isso é ser um péssimo esposo. Do que adianta ficar do meu lado só quando te faz bem? O senhor tinha que pensar em mim também, em me agradar, em me fazer feliz.

- Com a senhorita perseguindo a minha prima? - Digo magoado e tentando não chorar. - Eu digo: - A senhorita ficou louca! O que Raabe fez pra sua família? Só porque seu irmão morreu e a mãe dela não?

- Isso mesmo! - Vitória diz aumentando a voz. - Ela fez tudo de horrível pra minha família! Depois dá morte do meu irmão, meus pais nem são próximos, meu irmão que fazia eles se unir. O cachorro da nossa família parecia que ficou doente, não quis comer e morreu, pois, meu irmão era o favorito dele! E eu perdi meu melhor amigo que é o meu irmão! E claro o pior de tudo, Raabe é filha dá mulher que foi salva pelo meu irmão. Se meu irmão não salvasse a maldita dá mãe dela, ele estaria vivo.

- Você está perdendo a razão. - Eu digo. - Foi decisão do seu irmão ajudar a antiga rainha, as filhas dela e até ela não tem culpa de nada.

- É claro que tem. - Vitória diz. - E também os cobras não querem mais reis nesse país e nem em outros países. Estamos tentando tirar os reis do poder. O povo não precisa de alguma liderança, podemos decidir como viver em nossos países. Nem reis, nem presidentes ladrões que tem em outros países. Nada! Só o povo. Todos igualmente.

- E o seu pai? - Digo surpreso. - Ele é rei! Ou toda essa loucura te fez esquecer disso? E sua mãe é a rainha.

- Claro que não esqueci! Meu pai é outro plano. Não iremos matá-lo e nem matar a rainha minha mãe. Iremos tentar entrar em acordo pra eles deixarem as coroas.

- Eles não irão aceitar. - Digo sem acreditar que estou ouvindo tanto absurdo.

- Isso é o que veremos. - Vitória diz. - Os cobras irão me sequestrar se possível para convencer a minha família!

- Minha nossa! - Digo com as mãos no rosto e segurando o choro. Eu digo: - Vitória para com isso. - Eu tiro as mãos do rosto e olho para ela. Eu digo: - Para com esse plano! Essa maldade toda vai te destruir.

- CALA A BOCA! - Vitória grita. - CANSEI DE VOCÊ!

Ela se aproxima dá porta e eu vou atrás dela, ela abre a porta e eu fecho a porta antes de ela sair.

Eu digo:

- Não posso te deixar ficar solta. Eu vou dar um jeito de acabar com esse plano.

- Pode tentar meu querido. - Ela diz sorrindo me olhando. Ela diz: - Mas, se ficar no meu caminho, não vou mais te proteger. Os cobras virão atrás de você, pois eles não podem deixar ninguém impedir o plano deles. - Ela para de sorrir e diz: - Pode pensar que não me importo, mas, eu gosto de você, Pedro. Então, por favor, não se intromete mais nisso. Fica longe do meu caminho.

- Eu também gosto de você. - Digo ainda com a mão na porta. - Na verdade eu te amo, a senhorita sabe o quanto eu te amo! Mas, eu também amo a minha família. Eles não estão sendo injustos, a senhorita está. Raabe elogiou tanto o seu irmão e elogiou a senhorita também e mesmo assim o seu coração continua tão rancoroso. Eu lamento muito por ter que ver isso.

- Então vai me levar pra forca? - Ela diz se afastando dá porta. Ela diz: - Ou seja lá como a rainha vai decidir me matar.

- Raabe quer tirar a lei de matar alguém. - Digo me afastando dá porta e vejo Vitória para de andar. Eu digo: - Raabe não se ver no direito de tirar a vida de alguém. Todos somos seres humanos e erramos. O deus que ela acredita, o mesmo que o seu, ela diz que ele é o dono dá vida. Não deseja a morte de ninguém. Ela também não quer desejar. - Paro de andar em frente de Vitória e eu digo: - Mas, infelizmente a sua situação não vai melhorar. Será presa até ficar velha, provavelmente morrer na masmorra.

- E o senhor diz me amar? Permitindo que isso aconteça?

- Por te amar que eu preciso ser justo. Não vou apoiar esse seu erro. Não posso fazer isso. A senhorita virou uma criminosa e precisa pagar pelos seus crimes.

- Eu não ligo de morrer, só não queria ficar presa até isso acontecer. - Ela diz se afastando de mim e sentando no pequeno sofá encostado na parede dessa sala.

- Não diga isso. - Eu digo me aproximando dela. Eu digo: - Vitória você também não acredita nesse deus? - Paro de andar na frente dela e digo: - Acha que ele vai gostar de saber que a senhorita pensa em morrer e em matar alguém?

- Dá minha fé cuido eu, Pedro.

- Seu país fala muito sobre o amor do seu deus. A senhorita não está mostrando amor. Não está seguindo o seu deus como deveria e nem o seu povo.

- Eu já falei que dá minha fé, cuido eu, Pedro Stevens!

Eu respiro fundo e fecho meus olhos.

Eu abro meus olhos e olhando para Vitória, eu digo:

- Eu sinto muito, mas, não posso te deixar livre prestes a matar minha rainha e prima.

- Então aproveite e peça o divórcio. Porque pra mim acabou essa relação.

Ela levanta do pequeno sofá e nossos corpos ficam próximos. Ficamos nos olhando.

Estou surpreso. Não acredito que estamos terminando.

Meus olhos ainda estão com lágrimas, mas, tento segurar para não deixar as lágrimas cair.

O olhar de Vitória eu já achava frio, mas, agora está ainda mais frio. Frio e distante. Realmente ela nunca me amou e pelo visto não se ama também.

Então Vitória sai da sala.

Eu respiro fundo e choro.
Conseguia segurar as lágrimas, tentando me manter forte.
Mas, agora eu posso chorar sem ela vê.

Meu pai me ensinou para nunca chorar na frente de uma mulher, pelo menos não choro de tristeza, raiva e por aí vai. Choro de alegria ele me deixava chorar na frente das mulheres.
A única pessoa que me viu chorar por algo ruim foi Doralice Johnson. Minha querida prima. A única que eu não tinha vergonha de chorar e falar dos meus sentimentos. Ela também não tinha vergonha de ser ela mesma comigo.

Minha nossa... Eu e Vitória estávamos indo tão bem! Achei que ela fosse a mulher certa pra mim. Mas pelo visto não tenho sorte com as mulheres. Primeiro a do barco, agora princesa Vitória.

Como Vitória pôde deixar essa tristeza de perder o irmão se transformar em ódio? Odiar pessoas que não fizeram nada pra ela. Se juntar a um grupo de criminosos. Achar que os países têm que ficar sem liderança.

Todo lugar precisa de alguém na liderança. Todo lugar! E os países não é pra ser diferentes. Tudo exige regras.

É uma pena que Vitória não entende isso.
Uma princesa que vai contra o próprio rei. O pai dela. Um absurdo! E ainda por cima não segue de verdade a crença dela. Enquanto Doralice me mostra sobre não mentir, sobre o perdão, o amor... Vitória mostra tudo ao contrário!

Eu preciso agir, antes que seja tarde demais.

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2710 palavras

Hello Pessoas... Que capítulo hein! Eu estou com muita pena do Pedro, não consigo defender Vitória. Todo mundo perde alguém na vida, imagine se todos quisessem culpar alguém pela morte de quem amamos? E mesmo assim Vitória está toda errada, não acham? O irmão dela decidiu salvar uma vida e perder a vida dele!
Pedro foi logo se envolver com uma pessoa problemática. Deus na vida dela. 🥺🙌
Muito fofo Pedro querer fazer o que é certo, mesmo amando ela.
E pelo visto Vitória não segue a Deus completamente. Uma cristã pela metade. Ou nunca foi cristã. Isso me lembra os religiosos da bíblia sagrada. Não acham?
Quis mostrar que nem todos que dizem cristãos realmente são.
Até a próxima, e se preparem que vem mais emoções! 🌟

Não esqueça que Jesus é a solução para todos os seus problemas! Entrega tudo nas mãos Dele e peça pra Ele tirar qualquer raiva, mágoa, tristeza que esteja em se coração! Quanto mais deixamos crescer esses sentimentos ruins, pior fica a situação e nossas vidas! Eu mesma preciso controlar mais meu estresses. Confie em Deus e conte com Ele.

Obs: A música antes do título no início, estava outra música que ouvindo novamente achei que não combinou com o casal e nem com as cenas desse capítulo. Então agora nosso Deus me lembrou de outra música, até do mesmo grupo/banda. Que ultimamente estamos ouvindo bastante essa música e outras músicas e agora sim achei que combinou demais. Espero que gostem!

Bejuuus de luz <3

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