15 comentáriooos e eu continuo

NOAH URREA

A uma semana não vejo Gabrielly, falta alguns dias para o natal e Savannah enfeitou a casa toda, nunca gostei do natal então não faz diferença nenhuma, passo o dia no meu escritório resolvendo as milhares de coisas que são jogadas nas minhas costas, isso cansa pra caralho mas mesmo assim seguro o barra.
Daniela anda presente até demais na minha mente nesses últimos dias, juro que assim que
Vi Gabrielly cheia de sangue naquele mercado eu nem se quer lembrei de Daniela, não comparo as duas apesar de achar a semelhança extremamente absurda, mas Sabina me acha louco.

— cara chegou isso pra você - josh me joga um envelope assim que entra na minha sala

— valeu Kyle quem deixou aqui? - pergunto encarando o que envelope vermelho na minha mão.

— ninguém viu - responde simples — mas deve ser conta ou pagamento de alguém.

Abro o envelope e vejo que se trata de uma foto de Any, ela está sorridente na foto aparentemente conversando com algum paciente já que está usando jaleco branco, eu no verso da folha tem escrito...

"Meu querido amigo Noah me conte, como escondeu Daniela por tanto tempo? a garota está linda pena que não vai durar muito."

Sinto o famoso frio a espinha ao ler isso então levanto rapidamente e mostro para Josh - vou encontrar ela logo e trazer ela pra cá - saio o mais rápido o possível dali indo pegar o meu carro, sabia onde Any morava e tenho que agir rápido.

ANY GABRIELLY

Após tudo que aconteceu na minha vida, eu estou seguindo muito bem, voltei a trabalhar com a coisa que mais amo nesse mundo, como é quase natal e tenho um mês de férias nessa época do ano, hoje é o dia que tenho que passar todos os meus pacientes para outra interna, não to muito afim de tirar férias mas acho que é necessário para esfriar a cabeça e tentar processar tudo que aconteceu na minha vida nesses últimos tempos.

— dona Maria a senhora tem que tomar seus remédios apenas duas vezes na semana - sorrio amigável para a senhora na minha frente

— obrigada minha querida - ela retribui o sorriso

— Gabrielly cirurgia na sala 7 te quero lá - a cardiologista diz ao passar por mim e eu me levanto em dois pulos indo atrás dela.
Acho que minha frase predileta é "bisturi"

{...}

Retirei a roupa ensangüentada junto com as luvas e joguei no lixo, agora é a parte onde tenho que falar com os pais e acompanhantes do paciente, nessa hora a gente acaba com a esperança deles ou fazemos a fé deles aumentar, medicina não é para qualquer um.

— olá acompanhantes de Jackson - antes de terminar de falar uma senhora já estava na minha frente — a cirurgia ocorreu tudo bem e em breve você poderá visitar ele - ela sorri agradecida e depois me abraça.

Me jogo na cama da sala dos plantonistas e olho meu relógio de pulso que marcava 22:30, levanto com preguiça e vou até meu armário pegar minha bolsa.

— oi Any - Hina a enfermeira diz

— oi Hina quanto tempo - sorrio colocando minha mochila nas costas

— eu estava de férias - ela diz

— amanhã começa as minhas férias finalmente

— está indo pra casa? - ela pergunta

— vou chamar um táxi agora - pego meu celular do bolso

— deixa que eu te dou uma carona Any - Hina segura minha mão me puxando para fora do
Hospital.

Conheci a Hina no meu primeiro dia trabalhando aqui, ela foi super gentil comigo e então acabou que viramos amigas.
Passamos o caminho todo conversando que quando vi já tínhamos chegado em frente a minha casa.
— obrigada pela carona - beijo o resto de Hina e saio do carro, ela espera eu entrar no portão para dar partida.

— CHEGUEI SHIVANIIIII - grito assim que entro em casa — menina to morrendo de fome - jogo minhas coisas no sofá

— acho que ela tá dormindo - falo sozinha indo em direção ao meu quarto

Abro a porta e me assusto ao ver Noah sentado sentado na minha cama — você fala sozinha que louca - ri sarcástico

Engulo a seco — o que você tá fazendo na minha casa Noah? - cruzo os braços me apoiando na porta

— é assim que trata as visitas - coloca a mão no peito se fazendo de ofendido — arruma suas coisas princesa você vai vir comigo - ele só pode estar brincando

— NÃO - grito

— você está cavando sua própria cova Gabrielly - diz sínico — a pessoa que quer te matar não vai se importar em te ver chorando e implorando pela própria vida, então eu recomendo calar a porra da boca, arrumar suas coisas e vir comigo, para o seu próprio bem.