9-Capturamos um Javali!


Notas Iniciais:


  Oiii 😁
Hiii 😁
Holaa 😁
Como estão?

Demorei para postar de novo né 😅

Mas realmente queria deixar algo bom para vocês 🙃, então boa leitura a todos, desculpem os erros, ignorem a edição um tanto quanto ruim da autora aqui 😅 e até as Notas Finais 😉❤❤❤  


    - -- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -- - - - - - - - - - 


(P.O.V Percy)


-Pera aí deixa eu ver se entendi. -Leo levantou as mãos. -Quer dizer que vocês lutaram contra 5 deuses, fizeram um labirinto subterrâneo, manipularam mortais, roubaram um avião e ainda destruíram duas casas? -Ele ficou impressionado. -Dessa vez se superaram!


-Tecnicamente falando era uma deusa e alguns de seus filhos que são conhecidos como daemons. -Annabeth o corrigiu.


-E os caminhos por baixo da terra eram para uma retirada estratégica. -Hazel começou. -Ou no caso de um deles nos perseguir como Limos, ao vir atrás da sra. Chase. E ele foi fechado imediatamente.


-Em cima da "fome". -Frank comentou levando uma cotovelada de Hazel. -Mas o que foi que eu fiz dessa vez?


Não pudemos deixar de rir, pois sabíamos que eles jamais agiriam dessa forma caso estivéssemos em uma reunião com todo o senado e líderes; mas como não eram assuntos de extrema importância concordamos em conversar na sala dos pretores.


-E tínhamos que dar um jeito dos mortais saírem do perigo. -Luke falou.


-E é claro que precisavam fazer uma garota achar que tinha um namorado. -Piper caçoou da situação a qual também tivera que passar quando Hera tentou juntar os acampamentos.


-Só esperamos que dessa vez eles não acabem por ficar juntos...


Júlio comentou fazendo Luke o fulminar com o olhar; Thalia travar a mandíbula (apesar de tentar parecer natural); Tainara revirar os olhos e o restante rir (incluindo eu)


-Eu perdi no cara ou coroa com Frank. -O loiro explicou nos levando a rir mais.


-E se for levar em conta que o Camel é do meu pai, não roubamos ele. -Annabeth incluiu.


-Tenho certeza que seu pai concordou em deixar seus irmãos mais novos manusear as armas. -Leo sorriu com escárnio.


-Eles são muito bons no que fazem. -Ela também sorriu.


-Nisso tenho que concordar. -Luke levou a mão ao ferimento já cicatrizado da sua barriga devido aos destroços.


-Nada do que falaram justifica o fato de que fizeram tudo isso em algumas horas. -Leo falou com os olhos brilhando. -Quero deixar bem claro que estou escalado para a próxima missão!


-Entra na fila. –Fingi estar bravo.


-Podem ficar com o meu lugar porque tudo que eu queria é que a festa não tivesse acabado. –Piper suspirou remexendo em seu vestido verde sobre uma jaqueta roxa (provavelmente de Jason); ela deve ter acabado por dormir com a roupa.


-Pelo menos vocês aproveitaram alguma coisa. –Thalia comentou um pouco brava, já que eles haviam retornado 4:00 da manhã e passaram boa parte do tempo na enfermaria com Luke.


Na verdade Júlio e eu também não aproveitamos muito a festa, já que depois dele me ajudar a escapar da punição por ter estourado os canos do banheiro; Reyna ficar ocupada a tarde inteira com coisas de "pretora"; e o restante do pessoal ir curtir as poucas horas despreocupadas; acabamos por escolher ficar conversando para matar o tempo até eles voltarem (sim, viramos a madrugada).


-O que realmente importa nesse momento são as duas famílias que chegaram. –Reyna voltou ao ponto. -Já pedi para providenciarem uma casa para seus pais. –Ela olhou para Annabeth que assentiu.


-Vou logo avisando para se acostumarem com as perguntas que ele vai fazer.


Reyna sorriu com o canto dos lábios. –Faremos o possível para responde-las.


-Obrigada e garanto que será temporário, pois as construções da ala da família no acampamento meio-sangue estão quase finalizadas... eu espero... –Ela cochichou a última parte, já que não tinha certeza se seu substituto estava dando conta da tarefa.


-Não se preocupe com isso. –Frank assegurou. –Sua família é bem-vinda para ficar o tempo que quiser.


-Apesar de não ter uma ligação consanguínea de qualquer grau com nenhum ser divino... –Jason falou baixo, porém graças ao silêncio todos ouviram e ficaram atordoados demais para acreditar no que o garoto dissera.


-O que quer dizer com isso? –Tentei manter a voz calma, apesar de ter ficado rígido ao lado de Annabeth.


-Ele se expressou errado. –Piper falou antes que Jason pudesse responder. –Mesmo com esse ponto, não haveria motivos para recusar, já que Annabeth é uma garota muito prestigiada e admirada entre todos os romanos, assim como sua família!


O silêncio reinou por alguns, mas Piper havia se saído bem, tirando assim o foco de Jason que concordava relutante com a afirmação de sua namorada. Isso é claro não passou despercebido por mim que o fulminei com olhar até que o mesmo parecesse desconfortável e disfarçasse comendo um bolinho da mesa.


Annabeth apertou levemente minha mão como sinal para que eu parrasse, mas a emoção por ter feito um Grace baixar a cabeça foi muito forte e queria deixar claro para ele não inventar de arrumar intrigas com ela, do mesmo modo que andava fazendo com Tainara, Júlio e Luke.


Outra pressão em minhas mãos me fez voltar a analisar meus amigos que estavam conversando sobre a família envolvida no incidente da noite passada.


-Como foi que vocês descobriram que essa garota era semideusa? –Perguntei tentando manter a concentração na conversa.


-Depois das explosões, eu, Annabeth e Hazel manipulamos a névoa para convence-los de que erámos agentes do governo e estávamos atrás dos baderneiros que haviam botado fogo nas casas. –Thalia começou. –Só que Melyssa conseguiu ver os monstros e alegou que quem destruiu tudo foi um gigante de quatro metros de altura...


-Vai ver ela é capaz de enxergar através da névoa igual alguns mortais que conhecemos como...


-Rachel? –Annabeth me olhou com cara de inocente, apesar de ver em seus olhos o divertimento pela expressão que devo ter feito inconscientemente.


-Eu ia falar como a minha mãe, Júlio e Rachel. –Respondi com o início de um sorriso.


Desde antes da guerra contra Gaia, sempre que ela tinha uma oportunidade, me zoava sobre o fato de eu ter tido uma queda por Rachel. Isso durou até nossa viagem para o Tártaro onde ela mandou uma mensagem por meio do templo de Hermes para Connor entregar a ruiva (acabei descobrindo que contracorrente poderia ser uma caneta normal); foi a última vez que fiquei realmente nervoso por ela tocar no nome da garota, pois depois descobri que poderia usar aquilo ao meu favor e era isso que fazia.


-Mas só a Rachel também serve...


Me preparei para o tapa que sabia que levaria, mas não sei se foi pelo fato de todos estarem lá ou ela simplesmente não se importou, porque depois de segundos aguardando, Annabeth se limitou a concordar.


-Estou lisonjeado de ter sido incluso nisso. –Júlio levou a mão ao peito. –Mas você se esqueceu de que eu sou o mortal mais incrível de todos. –Falou convencido.


-Na verdade, primeiro vem minha mãe que acabou com uma horda de monstros sem poder ou habilidade alguma. –Falei com orgulho, então olhei para Annabeth com o canto dos olhos e acrescentei. -Depois vem Rachel que me salvou com uma escova de cabelo azul de... –Parei para pensar em minhas palavras; a intenção era provocar Annabeth, porém de todos os feitos da ruiva escolhi justo o em que Luke estava envolvido e apesar de não ter sido diretamente ele, não queria dar mais motivos para Jason odiar o loiro. –Tem razão, você está em segundo lugar.


-O que te fez mudar de ideia? –Piper perguntou sorrindo achando que tinha algo a ver com minha namorada.


-Acho que Annabeth está perigosamente perto demais das minhas costelas ainda em recuperação e não quero que o dia comece com o funeral de alguém, principalmente se for o meu!


Todos riram e Anne me deu um leve chute os fazendo rir mais; suspirei aliviado ao ver que conseguira disfarçar.


-Pensamos nessa hipótese. –Hazel voltou ao foco. –Então resolvemos tirar a dúvida; ela mostrou ter TDAH e dislexia, soube ler grego antigo de um dos livros que Annabeth trouxe com ela...


-Você leva livros para as suas missões? –Júlio questionou intrigado recebendo um levantar de sobrancelhas de Annabeth.


-E você não?


O garoto puxou Celpet que estava ao seu lado (como sempre) e tirou um livro de estratégia de lá de dentro. –Não saio sem essa belezinha. –Ele sorriu.


-Eu prefiro exemplares de arquitetura para ajudar a distrair um pouco.


Júlio tirou outro livro, porém este tinha o desenho de um templo e o nome estava em grego,"Arquitetura clássica para o século XXI".


Os olhos de Annabeth brilharam e antes que eu tivesse a chance de segurá-la, ela levantou em um salto já tomando o livro da mão de Júlio que sorria.


-Ai minha nossa! –Exclamou analisando cada centímetro do livro um tanto quanto desgastado. –Eu tenho um exemplar dele desde os meus doze anos, mas esse... –Annabeth folheou com cuidado como se fosse uma relíquia. –Este aqui é o original!


-Não sou muito fã de cópias, nunca é igual ao primeiro. –Respondeu dando de ombros.


-Como foi que conseguiu isso? –Annabeth não ousou desviar o olhar como se caso o fizesse, o livro desaparecesse.


-É. Como foi que conseguiu? –Jason o encarava desconfiado, fazendo Piper fechar a cara quase que imediatamente.


-Roubei do antigo dono. –Júlio respondeu calmamente. –Na época achava que isso poderia me ajudar...


-Em seus planos de aprisionar os deuses? –Ele não escondia a acusação em momento algum.


-Em meus planos de me tornar um arquiteta renomado assim como meu pai! –O garoto estava um pouco sério ao falar do assunto.


-Seu pai era arquiteto do que exatamente?


-De qualquer monumento a qual o contratassem, isso –Ele apontou para o livro ainda firme nas mãos de Annabeth, apesar dela, assim como o restante, estar com os olhos fixos nos dois. –Era uma herança de família, pois meu pai sempre se interessou por assuntos desse tipo; e quando ele desapareceu na guerra, eu achei que estava na hora de ficar com que era meu antes de fugir de casa. –Júlio deu de ombros com uma postura um pouco mais calma.


-Achei que seu pai era considerado um excelente soldado e não um arquiteto. –Jason ainda não desistira e isso estava deixando as coisas tensas.


-Meu pai é considerado um grande líder, mas sua vida não se resumia a guerra e ele tinha que seguir com os negócios da família.


-E como um livro de Arquitetura clássica do século XXI se tornou herança da família?


-Todos sabemos que as pessoas sempre pensam no futuro. –Piper falou ríspida. –Por isso era normal criarem teorias de como as coisas seriam nos séculos seguintes, independentemente de ser um livro de arquitetura certo Annabeth?


-Hãa... sim claro... –A loira estava tão confusa quanto o restante de nós.


-Ótimo. –Ela continuou. –Parece bem interessante e tenho certeza que se não falarmos nada é capaz de Annabeth trocar Percy pelo livro...


Franzi a sobrancelha captando a mensagem. –Ei! Annabeth jamais faria... –Olhei para a garota que voltara a encarar fascinada o objeto em suas mãos. –Deixa pra lá...


Todos riram enquanto sentíamos a tensão diminuir; até Jason forçou um sorriso ao notar que havia sido o responsável por aquilo; já Tainara, Luke e Reyna ainda pareciam um pouco tensos.


-Além desses fatores ela possuía reflexos muito bons no arremesso de facas. –Frank quem voltou ao foco. –Depois disso não foi muito difícil juntar as peças.


-Devo supor que a mãe da garota não sabia sobre a existência de deuses... –Deduzi e ele acenou com a cabeça.


-Pelo menos não até dispersarmos sua família e a trazermos para cá.


-Então não temos muita coisa. –Falei decepcionado.


-Tudo que sabemos é que ela tem 19 anos e é grega. –Thalia respondeu. –Porém não fazemos a mínima ideia de quem possa ser seu pai divino ou como foi que conseguiu sobreviver por tanto tempo.


-Principalmente nesse último ano... –Hazel completou.


Resisti a curiosidade de perguntar como descobriram que a garota era grega, pois tinha receio de que isso acabasse gerando mais discussões sem fundamento.


-E o que faremos com ela? –Calipso falou pela primeira vez desde que o assunto começara.


-Elas poderão ficar caso queiram. –Reyna respondeu. –A não é claro que prefiram levar Melyssa junto com vocês quando voltarem ao acampamento para que ela já possa iniciar seu treinamento...


-Que tal conversarmos com as duas para ver o que podemos fazer? –Perguntei. –Além da mais a vida delas mudou da noite para o dia.


-Taylor estava mostrando a cidade para ambas. –Reyna falou olhando no relógio. –Acredito que devem estar no pavilhão refeitório neste momento.


-Ótimo! –Levantei esticando as costas e ignorando o leve estalo das mesmas por conta do ferimento. –Quem está com fome?


***


Tudo começou em uma casa, ela possuía apenas um andar e tinha um lindo jardim em sua entrada, dando uma beleza natural a residência. Uma casa simples a qual só vira em fotos!


A porta se abriu e uma mulher com um roupão azul marinho e pantufas no pé saiu de lá; seus cabelos castanhos e ondulados presos em um coque frouxo, os olhos azuis mudando conforme se aproximava da luz e seu acolhedor sorriso estampado em sua face ao me ver.


-Percy!


-Mãe!


Foi tudo que consegui dizer enquanto corria até ela; meu coração pulsava forte com a emoção de reencontra-la depois de tanto tempo; ela não estava diferente enquanto também corria até mim.


Quando estávamos a centímetros de distância, o chão ao nosso redor começou a tremer; ela me olhou com os olhos arregalados e com medo, porém antes que pudesse quebrar a distância, a porta, já aberta, voou para bem longe enquanto uma força invisível puxou sua cintura a levando para dentro novamente.


-Não!


Acelerei o passo tentando miseravelmente alcança-la, mas parecia que quanto mais me aproximava, pior a distância ficava. Ela me olhou com súplica e sussurrou meu nome pela última vez antes de sumir dentro da casa!


-HAHAHA!!!


Enquanto corria, uma risada estridente ecoou por todo o lugar, mas ignorei, fazendo o possível para resgatá-la.


-Você nunca vai conseguir!


Um homem de altura média, cabelos sendo uma mistura da cor sal e pimenta, com a testa toda ensanguentada e uma expressão de surpresa apareceu na entrada da casa.


-Percy! Fuja! -Paul Blofis gritou gesticulando para que eu fosse embora.


Corri como nunca pensei que fosse capaz!


-Eles são meus!


Então a cena se repetiu e assim como minha mãe, ele foi sugado para dentro enquanto uma barreira negra selava o único lugar a qual poderia alcança-los!


Estava desesperado demais e em uma última tentativa gritei com todas as minhas forças!


Acordei em um salto batendo a cabeça no teto do carro; imediatamente meu corpo foi jogado de encontro ao banco do motorista ao ser freado.


-Estão todos bem? –Luke desfivelou o cinto e olhou para trás caindo os olhos sobre mim ainda meio em pé no carro.


-Percy o que aconteceu? –Annabeth perguntou ao meu lado parecendo preocupada.


Minha mente ainda girava e meus batimentos cardíacos pulsavam tão rapidamente que sentia as marteladas dentro do peito.


-Tive um sonho... com a... minha mãe... –Minha garganta estava seca e notei que meus dedos possuíam um nó branco de tanto apertar contracorrente, que por sorte, ainda era uma caneta.


-Com o que exatamente você sonhou?


Annabeth segurou minha mão me fazendo sentar no banco; respirei fundo olhando nos olhos de cada um; Júlio, Tainara e Luke me encaravam igualmente preocupados; passei a mão no cabelo reorganizando meus pensamentos.


Contei todo o sonho a eles enquanto as imagens ainda brilhavam em minha mente.


-Pode ser que seu subconsciente tenha criado isso como um modo de resposta aos últimos acontecimentos...


-Tainara tem razão. –Júlio comentou. –Seu atual estado físico, a missão a qual sua namorada teve que passar envolvendo sua própria família, além do fato desse risco ser uma possibilidade; acaba por fazer sua mente criar sonhos como uma forma de aviso, mesmo que falso.


-Eles estão bem! –Annabeth falou ao ver minha expressão.


-Como pode ter tanta certeza?


-Porque você mesmo me falou depois da sua conversa com seu pai antes de irmos em busca do coração de Carbyne!


Estava prestes a discordar dizendo que muitas coisas podem acontecer em quatro meses, sem contar que meu pai fora raptado pelos deuses dias depois e não mencionou como minha mãe e padrasto estavam; porém uma batida de leve no vidro de fora fez com que olhássemos para o local.


-Hey. –Piper apareceu com um sorriso. –Como estão as coisas por aqui?


-Estamos bem! –Respondi ainda distraído; não queria preocupar os outros também.


-Ok... –Ela falou, apesar de mostrar não ter acreditado. –É que o "chefe" ali queria saber porque pararam de segui-lo. –Piper apontou para o carro da frente onde Jason olhava impaciente pelo banco do motorista.


-Pensei ter visto algo. –Luke respondeu rapidamente sem dar a chance de qualquer outro fazê-lo. –Mas peça desculpas por mim e avise que já estamos indo.


-Não é você que tem que se desculpar. –Piper fulminou o namorado no outro veículo. –Espero que realmente esteja tudo bem e levem o tempo que for necessário. –Um meio sorriso brotou de seus lábios.


-Não tem com o que se preocupar. –Luke assegurou também sorrindo. –Além do mais precisamos chegar antes de Leo e Calipso em Festus!


A garota sorriu concordando, e com uma última olhada em minha direção, se despediu e saiu. Olhei para Luke agradecido e ele respondeu com um leve acenar de cabeça, para então ligar o carro e acelerar, deixando os outros para trás.


***


-Ao menos a missão de vocês não foi um fracasso total. -Quiron falou sério.


-Mas Bianca se foi. -Thalia lamentou.


-A perda de um campista é péssima, mas em meio a tudo isso, é bom receber ao menos algumas notícias boas. -O centauro respondeu. -Principalmente agora que sabemos a tática que eles estão utilizando.


-Além da nova campista. -Luke ressaltou e o centauro concordou.


-Apesar de sabermos que alguém terá que conversar com os irmãos de Bianca; mesmo que já tenham uma ideia por não terem visto a garota é melhor falar pessoalmente.


-Eu aviso. -Thalia já começara a se levantar.


Quiron assentiu e passou a mão em sua barba que agora possuía fios brancos, combinando com os do cabelo. Mesmo para um ser imortal as frequentes profecias seguidas umas das outras cobraram seu preço.


-Continuamos isso amanhã. Tirem o resto da tarde de folga e nos vemos no jantar. -Ninguém protestou, pois a viagem de volta havia sido especialmente cansativa, além de já termos conversado muito sobre isso no acampamento Júpiter com os pretores e Hazel. -Annabeth faça a gentileza de chamar Melyssa para mim por favor.


-Claro Quiron!


Entrelacei meus dedos nos dela enquanto saíamos da sala. -O que acha que ele quer com ela?


Annabeth deu de ombros. -Provavelmente tentar entender como ela sobreviveu durante tanto tempo...


-Mas existe casos de semideuses que morreram sem saber sua real história.


-Existiam casos. -Ela me olhou enquanto caminhávamos sem pressa alguma pelo corredor em direção a sala principal. -Antes dessa nova profecia, era possível que isso acontecesse, mas estamos acompanhando os jornais há mais de um ano e vimos as misteriosas mortes ou acidentes que começaram a acontecer com pessoas de diferentes idades e gêneros.


Estava prestes a dizer que mesmo assim não era impossível de acontecer, já que a prova estava em pé nos encarando nervosamente. Porém Annabeth se afastou e caminhou até a garota.


-O diretor está esperando por você no final do corredor. -Melyssa agradeceu e saiu a passos hesitantes.


-Você não vai? -Perguntei vendo a outra se afastar.


-Não é só porque sou vice-diretora que tenho que estar presente em tudo. -Annabeth deu de ombros se aproximando. -Neste momento me contento em ser apenas a sua namorada...


Sorri abertamente enquanto colava os nossos corpos e a beijava ardentemente.


Senti um arrepio passar por todo o meu corpo e a grudei na parede; ela deixou que um suspiro escapasse em meio ao beijo, e levei uma mão a sua cintura a pressionando ainda mais contra a superfície sólida do outro lado.


Nossas bocas disputavam para ver quem liderava enquanto suas mãos passeavam pelas minhas costas e cabelos; sentia-me completamente revigorado e com uma sensação tão forte que tive que me segurar na parede.


Foi Annabeth quem percebeu que precisávamos de ar e nos separou, apesar de seus olhos estarem tão desejosos quanto meus lábios que formigavam implorando para sentir seu contato novamente.


-Não acho que Quiron vá aprovar esse tipo de coisa no meio da sala.


-Que bom que estamos no canto. -Sorri com escárnio, mas ela simplesmente revirou os olhos.


-Vamos sair logo daqui. -Ela segurou minha mão me direcionando a saída.


-Que tal esperarmos pelo jantar em nosso esconderijo? –Falei com a voz rouca próximo ao seu ouvido.


Annabeth me puxou com mais rapidez liderando o caminho para a porta; porém assim que colocamos o pé para fora, ouvimos o barulho de uma concha indicando o horário da refeição.


Suspirei dividido entre a decepção por não ter conseguido descansar com a felicidade da perspectiva de uma refeição do acampamento.


Annabeth parecia da mesma maneira, e depois de me dar um último beijo, falou:


-Vamos cabeça de alga que estou com saudades da comida das ninfas.


O jantar foi simplesmente delicioso!


As constantes missões de última hora nos fizeram ter que deixar todos os pratos enfeitiçados para viagens de longa data; ou seja, passamos a utilizar apenas os copos. Claro que as ninfas voltaram a cozinhar para nós, porém elas não se importavam... e ouso dizer que depois da minha mãe, e Tainara (que faz a melhor parmegiana de todas) elas eram as melhores!


Eu, Tyson, Grover e Juniper (que aceitaram sem hesitar meu convite de jantar) comíamos na mesa 3.


O clima no refeitório estava especialmente agradável naquela noite, com todos conversando e rindo como há muito tempo não via. Assunto era o que não faltava em nossa mesa e estávamos tão absortos na conversa que mal notamos quando Quiron bateu o talher no copo para chamar a atenção.


-Estamos muito felizes pelo retorno de praticamente todos os integrantes das missões bem-sucedidas! E vamos dar as boas-vindas a mais nova campista Melyssa Grey! –Houve uma salva de palmas e alguns assobios, deixando a garota levemente corada. –E antes de irmos para a fogueira, gostaria de comunicar que amanhã faremos um caça-a-bandeira aberto para todos!


Um murmúrio se fez ouvir enquanto as pessoas se alegravam com a perspectiva do jogo fora do cronograma semanal; Quiron esperou até que as vozes cessassem para prosseguir, como ele se mantinha em pé por conta de seu lombo de cavalo, não foi difícil para notarem que ainda queria falar.


-Porém, amanhã é quarta-feira e o novo caça-a-bandeira para os que passarem da primeira etapa ainda está valendo na quinta à noite, então além de completar suas tarefas semanais terão que arrumar aliados e estudar estratégias...


Outro murmúrio; o centauro acenou com a cabeça nos dispensando para a fogueira com os ânimos mais fortalecidos.


***


O dia seguinte passou sem muitas novidades; acordamos cedo, fizemos nossas tarefas; almoçamos, continuamos nossas obrigações; e por fim fomos dispensados uma hora mais cedo do que o normal para podermos nos preparar para o tão aclamado captura a bandeira!


Apesar do dia ter parecido comum, a agitação em todos era evidente enquanto faziam acordos e trocavam objetos para poderem conseguir aliados; isso tudo não me incomodou nem um pouco, não só porque eu também estava agindo daquela forma, mas pelo fato de que me fazia lembrar dos meus primeiros anos aqui no acampamento.


Naquela noite, depois de todos os pratos serem levados e a trombeta de concha soar, nos prostramos em frente as nossas mesas enquanto gritos e brados de guerra se fizeram ouvir quando Annabeth e mais dois de seus irmãos entraram correndo com um estandarte de seda de cerca de três metros de altura reluzindo em cinza com o desenho de uma coruja e uma oliveira.


Mais aplausos vieram quando Clarisse também entrou correndo com seu namorado e uma de suas amigas, a bandeira era igual com a diferença de que o desenho era vermelho berrante com uma cabeça de javali e duas lanças entrelaçadas.


-Heróis! –Quiron gritou sessando o barulho. –Vocês já conhecem as regras, o riacho é o limite; com exceção de que haverá uma faixa mostrando até onde podem ir da floresta; todos os itens mágicos estão valendo; é permitido desarmar o prisioneiro, mas não podem amordaça-los ou amarrá-los; devem deixar as bandeiras visíveis, é proibido matar ou aleijar; servirei como juiz e médico durante a batalha. Armem-se!


Ele estendeu as mãos e as mesas subitamente se encheram de equipamentos: armas grandes e pequenas, capacetes, lanças e escudos.


-Quem está conosco? –Grover perguntou enquanto Juniper ajeitava sua armadura.


-Nos aliamos a Atena, Hermes, Perséfone, Hécate, Artêmis, Dionísio, Apolo, Hades...


-Nico vai jogar? -Ele perguntou surpreso.


-Fizemos um acordo com o líder do 7. -Dei de ombros. -E Will o convenceu.


-Nico é um cara legal. -Tyson falou alegre e concordei.


-Além do mais ele é ótimo em se camuflar nas sombras e isso será de grande ajuda.


-E porque escolheu o chalé 22 se é ocupado apenas por sátiros?


-Não seja bobo. -Juniper bateu levemente em sua armadura. -O líder deles é incrível.


-Bééé-é-é. -Grover emitiu constrangido nos fazendo rir.


-Ela tem razão. -Ressaltei. -Os sátiros conhecem a floresta como a palma de seus... cascos e levando em conta contra quem estamos disputando...


-Depois não digam que não avisei. -Ele grunhiu.


-Eu assumo os riscos. -Sorri.


-Boa sorte. -Juniper lhe deu um beijo e sorriu. -Acabe com eles meu bode preferido. -Antes que ele respondesse ela simplesmente saiu.


-Sinto falta de Ella. -Tyson murmurou tristemente, já que a harpia tinha que ficar no acampamento Júpiter.


-Tenho certeza que também sente sua falta, mas o que acha de capturarmos aquela bandeira em homenagem a Ella?


Tyson balançou a cabeça feliz, então ás pressas para se juntar ao chalé 20 e Nico.


-Acho melhor eu ir para o meu lugar esperar o sinal com os outros. –Grover falou.


-Certo. Vou procurar Annabeth. -Ele concordou e depois de fazermos um "toca a aqui", trotou até a mesa de Hermes.


-Não sabia que os sátiros também tinham um chalé. –Luke falou se aproximando.


-Não tinham. –Respondi enquanto andávamos pelo refeitório. –Mas depois da guerra contra Gaia, resolvemos levar a sério a construção de chalés para todos os deuses sem exceção. –Passamos pela mesa 1, onde Jason e Thalia conversavam com Piper e Clarisse; apenas duas nos cumprimentaram. –Até mesmo Hércules ganhou um! E como Pã passou para outro estado de sua vida divina e não teve filhos mortais, Quiron não achou problema em permitir que os sátiros que querem ficar mais próximos do deus, habitem o chalé 22.


-É realmente genial! –O garoto respondeu e concordei.


-Na época também achamos, mas agora que os deuses se viraram contra nós não gosto de ter tido tanto esforço para homenageá-los. –Avistei Annabeth que começou a vir até nós.


-Vocês fizeram isso pelos filhos renegados deles e não pelos deuses. –Luke respondeu sério me fazendo encará-lo. –E isso é mais do que qualquer um poderia pedir.


-Prontos para vencermos?


Annabeth perguntou assim que se aproximou não dando tempo nem mesmo de eu pensar em uma resposta para as falas de Luke que apenas concordou sério, apesar de possuir vestígios de um meio sorriso.


-Vou me juntar a Tainara e os outros.


-Pronto para ganhar cabeça de algas? –Ela perguntou me fazendo notar que ele já se fora.


A olhei com um sorriso. –Faça as honras capitã!


Apontei com uma falsa reverência para a bandeira que Malcolm (meio-irmão dela) segurava. Annabeth riu e pegou o mastro o levantando no alto. –Equipe azul, em frente!


Gritamos em comemoração enquanto a acompanhávamos para o lado sul da floresta, cerca de 43 semideuses 7 sátiros e 1 ciclope!


Com exceção de Connor (que ainda estava sob observação) e Travis (que estava com o irmão para que Tainara pudesse jogar), além dos enfermeiros Lucas, Gabriel, Marcela e Corina, todos os integrantes dos chalés aliados se colocaram em suas posições sem que precisássemos falar, pois havíamos combinado estratégias durante todo o dia (longe da vista do inimigo claro).


Gritos de desafios foram lançados da equipe vermelha que havia ido para o lado Norte.


-Sabe o que fazer!


  Annabeth entregou o mastro na mão de Tainara que sorriu determinada e sumiu para mais fundo da floresta junto com Edvine e Lydia. Ela se virou para mim e nossos olhares se cruzaram por poucos segundos até que seguíssemos cada um para o seu posto.


  Caminhei até o riacho me escondendo em meios as arvores; a concha de caramujo soou indicando o início do jogo, segundos se passaram no mais completo silêncio; Thalia foi uma ex-caçadora e já sabia das técnicas utilizadas, então decidimos mudar um pouco as táticas; por isso quando gritos de surpresa vieram do inimigo foi motivo para sorrir.


  Barulho de flechas explosivas e de fumaça ecoaram pela floresta indicando que as caçadoras entraram na linha de frente sendo um ataque completamente inesperado ao invés de iniciarmos com lutas corporais como geralmente acontecia.


  Um quase imperceptível som de pássaro acompanhou a luta por cerca de dois segundos, então parou e o segundo ataque começou!


  Os que sobraram da investida de Andressa e sua equipe agora lutavam contra o chalé de Hermes, Dionísio e Pã, enquanto Nico e Tyson os confundiam ainda mais, desaparecendo e reaparecendo em meio as sombras, causando uma confusão geral. No mesmo instante, Júlio e seus meio irmãos por consideração estariam com a camuflagem acionada (o garoto ensinou a eles) e abririam caminho para os filhos de Apollo iniciarem a terceira sequência de ataques!


  A espera e incerteza se o plano realmente dera certo estava me deixando ansioso, mas sabia que nossa principal arma naquele momento era a paciência então me limitei a ouvir o resultado por meio de brados e sons de armas se chocando.


  Depois do que pareceu uma eternidade, novamente o passarinho cantou por mais dois segundos e calou-se. Observei atentamente o outro lado do riacho, durante todo esse tempo as coisas estavam calmas, pois a equipe vermelha se mantivera ocupada com nossos ataques; mas um leve movimento nos arbustos fez com minhas suspeitas aumentassem.


  Direcionei uma parte da água para aquela direção agarrando imediatamente um semideus com um penacho vermelho em seu escudo agora caído no chão enquanto tentava se soltar da mão de água que o segurava. Agora, longe do esconderijo, pude ver que se tratava de Katie Gardner.


-Foi mal, mas não posso deixar que você alerte minha posição. -A garota arregalou os olhos prestes a protestar, mas criei uma bolha de oxigênio que a cobriu completamente abafando seus gritos. –É melhor ir rápido antes que esqueça dela.


  Sussurrei para mim mesmo enquanto saltava para o outro lado; assim que coloquei os pés no campo inimigo, fiz com que o riacho se levantasse em uma barreira impedindo a passagem de qualquer um para ambos os lados.


  Enquanto corria pela floresta, o som de luta ainda era perceptível, assim como alguns sinais de semideuses que passaram lá antes de mim. No meio do caminho, deparei-me com dois filhos de Ares que me pegaram de surpresa e quase arrancaram minha cabeça!


-Vocês realmente não seguem as regras de não aleijar nem matar não é! –Os fulminei com o olhar.


  Nenhum deles se deu ao trabalho de responder, pois já preparavam outro ataque. Me esquivei de suas tentativas; contracorrente simplesmente deslizava em minhas mãos e menos de um segundo depois ambos estavam no chão com leves cortes nos braços que seguravam as espadas.


  Mais deles vieram atrás de mim, porém não havia sinais de outras proles de Ares, significando que Clarisse os havia direcionado para seu novo alvo de perseguição; mas sabia que Luke daria conta da garota.


  Damien White, filho de Nemesis atacou com um punhal, mas o interceptei e o joguei na grama, logo em seguida Parker e Michel (do chalé 10) se colocaram em meu caminho; sorri com o canto dos lábios sabendo que estava perto.


  Parei seus golpes no ar, sustentando ambas as armas com contracorrente, me joguei no chão e rolei para a direita dando uma rasteira e batendo com o cabo da espada na mão de Parker que soltou sua própria arma; antes que Michel pudesse reagir, desferi um soco em seu braço (o suficiente apenas para desarma-lo); chutei suas armas para longe e corri.


-Onde pensa que vai Jackson? –Jason apareceu me fazendo parar bruscamente.


-Eu só estava dando uma volta...


-Não vai pegar a bandeira tão facilmente!


-Não acho que...


  Ele me cortou apontando sua espada em minha direção, o barulho de um raio ecoou segundos antes de acertar o ponto onde eu estava, por sorte, consegui desviar a tempo de apenas ser arremessado e não torrado!


- Você tentou acertar um raio em mim? –O olhei incrédulo, porém Jason respondeu com um sorriso quase (quase) imperceptível. –Me diga que aquilo não era tão forte.


  Jason transformou sua espada em lança e imediatamente começou a invocar outro raio, porém estava ciente disso, e antes mesmo que ele tivesse a chance de continuar, invoquei uma pequena onda que o deixou todo ensopado, na mesma hora em que o raio foi sugado para sua lança e ao invés de me acertar, eletrocutou a si mesmo.


  Todo seu corpo estremeceu e seus cabelos ficaram espetados igual ao um porco espinho. Arregalei os olhos com medo de tê-lo ferido, mas então me lembrei que aquilo era para mim e imediatamente a pena deu lugar a raiva. Materializei outra bolha de ar e antes que ele tivesse ao menos a chance de se levantar o cobri com ela.


-Eu realmente espero que aqueles raios não tenham sido pra valer. -Passei por um Jason ainda atordoado. -Porque se forem teremos uma conversa séria depois.


  O garoto já começara a se recuperar e sabia que seria questão de segundos até perceber onde estava.


  Encontrei a bandeira com o símbolo de um javali a apenas alguns metros da luta, pendurado em um galho de uma arvore, ela estava visível porem quase impossível de alcançar.


  Assim que me aproximei vi Annabeth lutando contra Piper, a loira usava um protetor de ouvidos e mantinha os olhos fixos na morena que parecia com dificuldades de continuar. Sorri com o canto dos lábios, Annabeth é uma ótima esgrimista!


  Mesmo tendo acabado de chegar sabia que a luta não duraria muito e que provavelmente a arvore estava cheia de armadilhas de Leo. Peguei um frasco de poção que Júlio me entregara, segundo ele, aquilo seria capaz de desarmar qualquer armadilha.


  Resolvi testar minhas habilidades de lançamento a qual vinha treinando com Tainara a dois meses.


  Destampei o vidro, mirei no ponto que desejava, respirei fundo três vezes e então o arremessei; o barulho do vidro se estilhaçando contra o meio da arvore fez com que Piper se distraísse e Annabeth a derrubasse no chão.


-Como foi que ele chegou aqui? –A morena perguntou ofegante recebendo um sorriso triunfante da loira.


  Não me dei ao trabalho de responder, pois imediatamente toda a arvore ruiu como se tivesse sido feita apenas para aquilo (o que já era de se esperar), e o estandarte caiu bem nas minhas mãos.


-Essa é pra você meu bem! –Joguei para Annabeth que agarrou no ar.


-Sabia que poderia contar com você. –Ela piscou e deu um salto mortal para trás pouco antes de Piper tentar agarrá-la, ficando invisível e sumindo com a bandeira logo em seguida.


-Não deixem eles escaparem! –Piper gritou já de pé.


  Dez semideuses brotaram das arvores, alguns com pequenos ferimentos nos braços, outros como se tivessem acabado de despertar, o que significava que Annabeth já dera conta deles antes.


-Foi mal, mas já estou atrasado!


  Desviei de pelo menos três flechas que vieram até mim, eles não tinham uma pontaria tão boa quanto a do chalé 7 e 8, mas por pouco não me acertaram.


  Invoquei um redemoinho e comecei a ataca-los abrindo passagem para que Annabeth escapasse, apesar de não saber onde a garota estava.


  Fiz todo o caminho de volta ao riacho com cinco semideuses em meu encalço, quando cheguei na divisa encontrei mais quatro bloqueando minha passagem. A barreira de água ainda estava em pé, significando que Annabeth não tentara passar.


  Estralei os dedos e toda a água do riacho caiu sobre a barreira humana que fizeram. Annabeth apareceu logo em seguida, já sendo atacada por uma garota.


-Percy! –Ela gritou desarmando a sua oponente.


  Annabeth havia reaparecido para que eu soubesse sua posição e pudesse acertar todos os outros sem me preocupar.


E foi exatamente o que fiz!


  Segundos depois todos os semideuses se encontravam completamente ensopados e atordoados, enquanto eu e Annabeth estávamos do outro lado gritando e comemorando com nossa equipe.


-Bom trabalho cabeça de algas! –Ela me beijou entregando a bandeira em minhas mãos, porém a deixei cair para poder segurá-la em meus braços.


-Vocês foram demais! –Grover trotou até nós com um sorriso de orelha a orelha.


-Não teríamos conseguido sem vocês menino-bode. –Annabeth falou pegando o estandarte do chão e oferecendo para Grover que arregalou os olhos surpreso.


-Ma-Ma-Mas não fui eu que peguei.


-Vocês também ganharam!


  Eu e Annabeth falamos juntos e depois de muitos segundos de hesitação, Grover finalmente cedeu segurando com as mãos firmes a bandeira. Nosso lado explodiu em vivas.


  O estandarte vermelho tremulou e ficou verde, o javali e a lança foram substituídos por dois sátiros tocando cornetas enquanto uma flauta de bambu se fixava no meio, o símbolo do chalé 22.


  Tyson ergueu Grover nos ombros enquanto os brados de alegria ainda ecoavam. Quiron saiu a meio galope do bosque e soprou a trombeta de caramujo. O jogo terminara!


Nós vencemos!      


      - -- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -- - - - - - - - - - 


Notas Finais:


  Então o que acharam?
Valeu a pena a espera?😏

Quis deixar este capitulo mais como uma folga para eles, não só das missões como também das cansativas conversas para tentar entender o que se passa na cabeça dos deuses 🙄

  Esse comportamento de Jason tem algum motivo ou ele só está revoltado com o Mundo e resolveu descontar em todos 🤔🤔
  Será que Percy vai investigar mais afundo ou deixar pra lá 🤔🤔
  Essa nova campista nova chegou para causar, atrapalhar, ajudar ou apenas como uma coadjuvante recebendo seus cinco minutos de fama 🤔🤔...
  São muitas perguntas e as respostas podem ou não estar no próximo capitulo 😏😏, então não deixem de acompanhar, comentar e favoritar essa história que ainda vai dar o que falar 😆😆

Obrigada a todos e até a próxima 😉❤ ❤ ❤


★♡★  

Comment