7-A Folha de Carvalho.

Notas Iniciais:



Oiiii Semideuses lindos e maravilhosos 😆😆
Como vocês estão??


Demorei, mas aqui estou com um capitulo cheio de emoção com uma pitada extra de suspense 😉. Então sem mais delongas aproveitem o capitulo e até as Notas Finais ❤❤


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(P.O.V Percy)


 -Vocês têm certeza? –Perguntei com as sobrancelhas franzidas.


-Não Percy! Viemos aqui só para contar uma piada e agora que já falamos vamos embora. –Leo respondeu sarcástico.


-Eu realmente preferia que fosse isso. –Falei um pouco bravo.


-Quando Nico contou sobre suas suspeitas também desejamos isso, acredite. –Piper falou.


-Mas sabemos que não é mentira e agora temos que fazer alguma coisa em relação a isso. –Annabeth começou a tentar organizar os pensamentos.


-Não é melhor esperarmos a outra equipe... só para termos certeza? –Jason perguntou.


-Concordo, mas o que Nico falou se encaixa em todas as missões anteriores então a outra equipe também deve ter passado pelas mesmas coisas. –Hazel comentou.


-Mas vocês me contaram que acreditavam ter um padrão nos ataques. –Chamei a atenção deles. –Então a equipe de Thalia passou por um em especifico e não necessariamente pelo mesmo que o nosso.


-Percy tem razão. –Hazel confirmou. –Além do mais o de vocês também não foi tão bem-sucedido quanto quando os deuses armaram para os outros grupos.


-Tenho certeza que a equipe deles não caiu em seus joguinhos. –Calipso falou confiante. –Foi só uma questão de sorte termos chegado primeiro.


-Foi sorte para mim com certeza. –Pensei alto, um pouco feliz por termos conseguido chegar antes deles, assim quem pagaria a aposta seria Thalia.


-Agradeça a quem deixou o dragão top de linha. –Leo falou convencido.


-Muito obrigada Calipso! –Piper fingiu estar aliviada.


Leo fechou a cara. –Todos resolveram virar comediantes agora!


  Rimos da cara dele, mas antes que pudéssemos dizer qualquer coisa, um dos romanos apareceu meio ofegante.


-O pretor Zhang está esperando por vocês!


Nos levantamos em um salto sem entender; pelo menos os outros ficaram de pé, eu me limitei a ajeitar a postura e encarar o guarda romano. Os únicos que não pareciam surpresos pela repentina chegada do semideus, eram os médicos e enfermeiros que ocasionalmente passavam por lá para conferir não só a mim como também os poucos pacientes que se encontravam nas macas.


-Ele falou do que se trata? –Hazel usou sua autoridade como uma das líderes da corte e o garoto não hesitou em responder.


-A outra equipe chegou e o pretor requisitou uma reunião imediata!


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"Bom... devo confessar que estou muito feliz de seu sonho não estar totalmente certo". –Falei através do videoescudo, que transmitia as imagens da sala de reunião onde os outros estavam; usando os códigos para que eles entendessem o que dizia.


-Na verdade no sonho nunca apareceu que você tinha morrido... –A voz de Nico estava abafada pela transmissão do escudo. –Apenas mostrou que isso poderia ter acontecido...


"Isso já é o suficiente para que eu esteja aliviado". Respondi sério.


-Não importa. –Reyna chamou a atenção de todos do senado. –A descoberta das duas equipes pode nos ajudar a desvendar o plano dos deuses antes deles o executarem...


"Podendo evitar muitas mortes". Júlio concordou fazendo também a linguagem de sinais para se comunicar, já que ele estava na maca ao lado da minha.


-Ou delírios. –Um dos centuriões da segunda corte completou.


-Sabemos a ordem de ataques deles e como se programam. –Frank falou. –E que não os repetiram mais de duas vezes.


-Mas todas as ordens já foram repetidas, não é? –Hazel perguntou e o pretor balançou a cabeça. –Como saberemos a ordem dos próximos?


-Uma das sequências nós já sabemos. –A voz de Taylor, outro centurião, se fez ouvir, apesar de assim como as outras, estar meio abafada. –Pois se formos seguir pela sequência descoberta, a equipe do embaixador de Plutão recebeu o segundo ataque.


Ainda não havia me acostumado com o nome que Nico tinha em meio aos romanos, mas ele recebera esse cargo muito antes de eu chegar, completamente sem memória, na guerra contra Gaia.


-Porém precisamos ter certeza de que realmente é verdade. –Uma senadora falou.


  Apesar do tempo em que passamos com os romanos, existem regras a serem seguidas, e por mais que tenhamos certos privilégios por sermos representantes do acampamento meio-sangue, em reuniões em que todo o senado estava reunido, tentávamos ao máximo seguir as regras. Por isso ninguém ficou surpreso quando Annabeth pediu a palavra, a qual foi encorajada pelos pretores.


-Pouco depois de chegarmos no Mundo Inferior fomos pegos por uma emboscada feita pela deusa das flores em um dos rios em que coletávamos agua; depois teve a tentativa dela de nos matar com aqueles soldados podres enquanto lutávamos...


-Nesse meio tempo eu coletei a última água para que nosso prêmio estivesse completo. –O embaixador apareceu ao lado dos senadores assustando alguns.


  Não importa o tempo que passasse, Nico ainda conseguia causar efeitos como esses em pessoas desavisadas, apesar de agora perceber que ele fazia mais por diversão do que qualquer outra coisa.


-Isso encerra a categoria "prêmio". –Reyna confirmou.


-Então por algum estranho motivo, ao invés de seguir com o plano senti uma imensa necessidade de provocar meu pai, que até então estava do nosso lado...


-Mas se ele realmente estava do nosso lado porque deixou que sua esposa atacasse os outros? –Hazel questionou.


-Sua explicação foi que ela havia desaparecido pouco depois de você, Tyson e eu irmos lá; e por algum estranho motivo ele não conseguia detectá-la.


-E porque não os ajudou quando descobriu o que ela estava fazendo? –Frank perguntou e Nico deu de ombros.


-Sabemos que ele não gosta de interferir em missões, além do mais antes de tudo, é a sua esposa e o fato de saber que ela continuava no Mundo Inferior deve tê-lo deixado demasiadamente feliz... –Nico não parecia muito convicto em sua resposta. –Acho que ele tinha esperanças de trazê-la de volta...


-De qualquer forma Nico se viu provocando o senhor dos mortos antes que pudesse pensar em suas ações. –Reyna voltou ao foco.


-Era como se eu perdesse o controle do meu próprio corpo... –O garoto ficou extremamente pálido com a lembrança, mas tão rápido quanto apareceu, ele voltou ao normal. –De início, meu pai se mostrou incrivelmente calmo as minhas tentativas... mas então eu fui longe demais e isso fez com que ele se transformasse...


-Ele morfou que nem os Power Rangers? –Leo perguntou sorrindo inocente, apesar de sabermos que era apenas fingimento.


Nico o encarou mortalmente enquanto uma parte da sala se segurava para não rir; já outros reviravam os olhos e questionavam o porquê de terem deixado o garoto participar.


-Foco Leo! –Calipso chamou sua atenção, um pouco mais alto do que desejava, a deixando levemente corada, e fazendo ele levantar os ombros em forma de desculpa.


-Não sabia que era proibido tirar dúvidas aqui.


-Prossiga Embaixador. –Reyna usou o nome formal para cortar o assunto.


-Ele se deixou possuir e me mandou correr antes que fosse tarde... –Nico franziu as sobrancelhas enquanto tentava se lembrar. –Então quando dei por mim estava alcançando os outros e os mandando fugir.


-Isso entra na "manipulação de um da equipe". –Hazel falou. –Já que o embaixador não agiu por ele mesmo quando fez aquilo.


-Tudo bem, mas ele não deveria ter saído do transe com tanta facilidade... –Taylor falou novamente. –Quer dizer, com todos os outros, o "manipulado" acabava por desaparecer junto... porque ele não sumiu? –Ele pesou melhor suas palavras e tentou se corrigir. –Não estou dizendo que queria que ele sumisse. –Falou em tom de desculpa. –É só que isso mostra que se é possível um semideus sair do controle da mente... então os deuses também são capazes disso!


  O silêncio reinou enquanto as palavras dela surtiam efeito... já havíamos pensado nessa hipótese, mas o fato de ver que outros também tinham esperanças de que os seres divinos estavam sendo controlados, aumentava nossa expectativa de que o plano de Júlio vai dar certo!


"Outro motivo para acharmos todos os ingredientes o mais rápido possível". Cortei o silêncio (ou quase) chamando a atenção deles para os sinais.


-Por isso precisamos descobrir qual será a próxima jogada deles. –Jason concordou, falando pela primeira vez desde o início da reunião.


-Depois que Nico se juntou a nós, ele e Leo desapareceram... –Piper falou olhando para ambos e fazendo com que o Embaixador encolhesse os ombros.


-Não me lembro o porquê de ter desaparecido.


-Você havia me chamado para ajudá-lo a pegar alguma coisa para prender os "monstros". –Leo franziu a testa tentando se concentrar. –Mas por algum motivo não havia nada para onde fomos...


  Um lampejo de conhecimento passou por todos ao notarmos que Nico ainda estava sendo controlado e tentara desaparecer com Leo. Depois de minutos de silêncio Calipso entrou na defesa de Nico que parecia estar com um pouco de raiva por ter sido controlado e pelas expressões de suspeita que agora metade da sala tinha sobre ele.


-Já chegamos à conclusão de que um semideus é capaz de sair do transe e acabar voltando, isso não aconteceu apenas com Nico, segundo a outra equipe uma das integrantes também o fez. Além do mais, Piper e Jason chegaram bem a tempo e tiraram o garoto do transe, depois disso ele foi de grande ajuda para resgatarmos Percy.


  Como feiticeira e ex-mortal; assim que Calipso apareceu no acampamento Júpiter, foi aceita na linha de senadores, com a mesma posição do filho de Hades; só que a diferença que era embaixadora da magia e sua palavra possuía um grande impacto nas pessoas; apesar Júlio ser muito mais poderoso que ela (palavras dela e não minha), os romanos acreditam que Calipso seja de extrema importância no senado, pois era uma aliada nata para eles; principalmente depois do soldado ter recusado a proposta.


Todos concordaram com ela e Annabeth resolveu concluir as explicações, tirando o foco de Nico e Calipso.


-A "loucura" só não foi alcançada porque conseguimos escapar enquanto ambos estavam distraídos com o ataque de Percy e Nico.


  Franzi as sobrancelhas tentando entender o que ela dizia. "Como assim? Eu estava preso nessa hora... não estava"?


-Percy. Não se lembra da explosão que causou em cima de você e o sequestrador? –Annabeth perguntou com os olhos arregalados. Me limitei a balançar a cabeça.


-Cara. Foi demais. –Leo falou com um brilho intenso nos olhos. –Quando você, a beira de virar sardinha, pegou e deu um grito tão grande que todos os rios do Mundo vieram a seu chamado! E como se a situação daqueles dois não pudesse piorar, o embaixador ainda invocou sombras de gás ácido!


  Tentei focalizar e entender o que eles diziam, mas as imagens estavam distorcidas e embaralhadas. "Achei que tinha jogado só a água do rio Letige"


-O que raios é o rio Letige? –Leo questionou, mas antes que eu pudesse explicar Piper cortou.


-Leo está exagerando, não foi toda a água do Planeta, só as do Mundo Inferior foram o suficiente para eles desejarem jamais terem atacado!


  Continuei sem entender; minha última cartada havia sido jogar o resto da água em Hades para que meus amigos tivessem tempo de fugir... claro que segundo eles, o que eu e Nico fizemos foi muito diferente do meu planejamento... forcei minha mente para encontrar as imagens dos ocorridos, mas tudo que via eram sombras disformes e escuridão...


-Se formos por essa lógica significa que a equipe de Thalia passou pela substituição do terceiro ataque. –Annabeth falou me fazendo voltar a reunião. –Então ainda nos falta descobrir qual será a primeira e segunda nova sequência...


  Com isso, passamos cerca de meia hora revendo os acontecimentos de ataques que Reyna e os outros sofreram para achar uma nova linha; segundo os integrantes da equipe, passaram primeiro pela "semente da discórdia" (a discussão de Bianca e Júlio); depois por duas emboscadas ao invés de uma (a parede de galhos e as marionetes); então veio o "delírio" no momento em que as vozes começaram a falar (por sorte Júlio e Tainara conseguiram escapar); logo em seguida a "morte de alguns" (quando falharam em matar Thalia); a perca do prêmio (o roubo da arvore); e por fim tiveram o desaparecimento de Bianca Ariévilo.


  Isso mostrou que apesar de pequenas mudanças, os deuses não alteraram muito os acontecimentos.


  Levamos mais uma hora para chegarmos à conclusão de como "talvez" (com um talvez bem grande) os próximos ataques seriam. É claro que isso abriu questionamentos do porque os deuses estarem "roubando" os objetos da missão tão descaradamente e infligindo o que julgávamos ser uma lei.


  E quem melhor para nos explicar isso que não um feiticeiro mortal? Ou melhor... um feiticeiro mortal e uma ex-titã (ela ainda não sabe nos dizer se é totalmente mortal ou virou semideusa... o que é confuso até para Annabeth...).


-Ao interferirem de uma maneira tão exposta na missão; eles mexeram não só na raiz que representava sua genealogia e descendência, como também na balança que equilibrava as ações do Universo e suas consequências. –Reyna interpretou o que Júlio falou.


-E quando há quebra no equilíbrio... as coisas já não funcionam tão bem quanto deveriam. –Calipso completou.


-E os resultados de algo assim são inimagináveis. –Reyna olhava fixamente para o garoto enquanto traduzia o que dizia. –Principalmente pelo fato de que estamos falando da raiz de uma das arvores mais raras e antigas do Mundo todo.


-Deve ser por esse motivo que não hesitaram em roubá-la. –Frank falou.


  Júlio deu um sorriso sinistro antes de responder. "Ah, mas eles hesitaram sim... ou acha que o fato de termos levado uma noite inteira para derrotarmos as "marionetes" era apenas um meio de distração"?


  Reyna traduziu fazendo o silêncio reinar por alguns segundos, até que o garoto continuou.


"Algo assim não é uma simples interferência a qual eles estão normalmente acostumados; alterar sua posição sem que ela o faça sozinha, ou até mesmo mexer em mais de duas das suas raízes, já pode desequilibras as coisas".


-Mas não era exatamente o que faríamos? –Um garoto, a qual não me recordo o nome, perguntou.


-Precisávamos de apenas um único pedaço de raiz e não ela toda. –Calipso respondeu. –Além do mais, a própria arvore possui uma trava de segurança para impedir que isso ocorra e precisaria de um feiticeiro extremamente poderoso para quebra-lo por tempo o suficiente para extrair apenas um pouco.


"Por isso que eu estava lá". Júlio falou convencido, mas Reyna e os outros mais próximos que conseguiam ver os sinais, se limitaram a revirar os olhos ao invés de traduzir para os demais.


-Então porque se arriscariam tanto a esse ponto? –Nico franziu as sobrancelhas tentando pensar.


-Porque eles preferem desequilibrar todo um Universo á correrem o risco de serem feitos prisioneiros e acabarem por delatar o plano de massacre que reservaram para nós. –Luke comentou.


-Ta legal! –Leo ergueu a mão para falar. –Até aí entendemos que eles estão dispostos a tudo para não serem pegos... mas vocês falaram que isso causaria danos inimagináveis e já faz mais de uma semana desde o roubo e ainda estamos aqui!


  Dessa vez foi eu quem tomou a palavra (ou o sinal). "Eles roubaram o que representava a arvore genealógica dos seres divinos desde o início dos tempos; algo mais poderoso que o Rio Estige, pode causar inúmeros efeitos diferentes; não quer dizer necessariamente que irá nos fazer sumir ou morrer; se os deuses hesitaram em pegar, significa que isso também pode afetá-los... na verdade acredito que se seguirmos pelo fato de estarmos falando da nossa própria descendência e seus antepassados estarem em uma situação um tanto quanto... complicada... eles serão os primeiros a tomar as dores".


  Annabeth terminou de traduzir e Leo assobiou impressionado. –Cara! Não sabia que você era capaz de falar coisas desse tipo! O que várias missões e profecias não fazem com uma pessoa!


  O fulminei com o olhar prestes a fazer um sinal que não precisaria de tradução, mas então me lembrei onde estávamos (mesmo que não fisicamente) e resolvi me conter; porém Annabeth tomou a frente com um sorriso inocente a qual ela adorava fazer quando fingia.


-Na verdade foi o tempo longe de você que o deixou ainda mais inteligente!


  As pessoas seguraram os risos, porém um ou dois acabou deixando escapar quando Leo xingou baixinho e tentou ficar bravo.


-Então seja lá o que os estiver controlando, não possui uma descendência direta com os deuses e por isso não se importou com as consequências. –Tainara falou tirando o foco de Leo.


  Com novas descobertas, tivemos mais uma hora tentando buscar uma ligação com "a coisa" que os está controlando e os deuses; infelizmente não obtivemos tanto sucesso quanto gostaríamos, provavelmente isso se deve ao fato de já estarmos presos naquela reunião por pelo menos três horas.


  Reyna e Frank concordaram em encerrarmos por lá mesmo e aproveitarmos o resto da tarde para descansarmos; mas Júlio ainda tinha coisas para explicar, e como eram notícias boas (além da curiosidade de todos) concordamos em prolongar um pouco mais.


O pingente de folha de carvalho que Júlio encontrou com Bianca pouco antes dela desaparecer e a qual ele deu um jeito de impedir que sumisse com a garota renovou um pouco os ânimos.


"Os deuses não possuem um alvo especifico, eles simplesmente estudam os pontos positivos e negativos de cada integrante individualmente para encontrar o mais propenso ao controle".


-E usam um pingente de folha de carvalho para possui-los? –Jane, uma senadora, perguntou confusa.


"Os pequenos ataques que todos os grupos receberam antes de chegarem ao local da missão, não passava de um meio para analisa-los; e quando tinham material o suficiente, lançavam a 'semente da discórdia'". Júlio prosseguiu não dando tempo de a menina questionar o fato de não responder sua pergunta. "Não quer dizer necessariamente que seria um objeto; como falei anteriormente, eles mandavam pequenas jogadas para estudar o inimigo"...


-E em sua penúltima cartada eles mandaram algo de valor e importância para o "alvo". –Frank completou.


-Mas James, Harley, Samanta e Kelly não estavam com nenhum objeto quando desapareceram. –Taylor protestou. –Pelo menos segundo relatos dos que voltaram.


-Não podemos nos esquecer que os semideuses que retornaram geralmente não estavam em suas melhores condições, e Júlio falou que não é necessariamente um objeto. –Annabeth respondeu e o garoto ao meu lado levantou os polegares concordando.


"Eles também podem ter oferecido algo do interesse da pessoa em questão... Bianca por exemplo, adorava ler, dormir e de um pouco de aventura, apesar de ser mais ativa do que seus irmãos, prefere o conforto do seu chalé; além do fato de não ter família... o que acham que eles poderiam usar para controlá-la"?


"Como sabe de tudo isso"? Jason perguntou receoso usando os sinais para que nem todos conseguissem ver.


Júlio deu de ombros. "Sou um ótimo observador".


-Livros! –Foi Piper quem quebrou o silêncio que se seguiu depois da pergunta quase discreta de seu namorado. –Ela adorava ler!


-Bianca estava lendo uma saga de livros que tinha a sombra de um arqueiro nas capas... –Annabeth franziu as sobrancelhas. –Ela não me falou os nomes, mas disse que assim que terminasse poderia me emprestar caso eu quisesse...


-Ela também tentou convencer meu chalé a arrumar um objeto do livro que estava lendo... –Luke falou como se estivesse se recordando do fato. –Mas estava difícil de "pegar" as coisas mesmo para nós.


-Pouco antes de chegarmos a Nova Orleans, Bianca encontrou esse pingente a alguns metros da pequena luta que tivemos e como não era nenhum despojo de batalha e ela praticamente implorou para ficar com ele... não tinha motivos para recusar. –Thalia falou.


-Mas tem alguma espécie de química no objeto? –Hazel perguntou. –Pelo menos para aqueles que recebem um?


"Quando nossas mentes se concentram em algo ou alguém, dependendo do grau de profundidade em que nos encontramos, muitas vezes acabamos por não notar nossas próprias ações". Esperei que Annabeth traduzisse para continuar meu raciocínio. "Isso pode ser caracterizado como controle da mente, você induz a pessoa a se focar apenas naquilo e então pode leva-la a fazer o que quiser".


  Leo estava prestes a fazer uma piada sobre minha capacidade de pensar, mas Calipso o impediu com o olhar; então Luke aproveitou a deixa para dizer.


-Independentemente de como eles fazem para escolher quem controlar ou subornar, ainda não entendo como esse pingente pode ser a chave para os nossos problemas.


Júlio sorriu feliz por enfim chegarmos ao ponto que ele desejava, então com um olhar rápido para Reyna, a pretora começou a explicar no seu lugar.


-O pingente é como se fosse um...


-TRIIIM!!!


-Como é? –Leo levantou as sobrancelhas confuso. –O colar é o barulho de um celular?


  Todos começaram a sussurrar procurando pelo inesperado som que impedira Reyna de continuar.


-Quem raios traz um aparelho eletrônico para cá? –Taylor questionou irritado.


  Olhei para Annabeth que encarava fixamente seu telefone celular enquanto hesitava em atender; ter aparelhos como esses por perto era a mesma coisa que estar pedindo para os monstros nos matarem, mas alguns semideuses mantinham por questão de "segurança", e Annabeth o possuía desde que eramos crianças.


-Deve ser muito importante para estarem ligando... –Piper falou ignorando Taylor e focando em Annabeth.


-Pode se retirar caso desejar. –Reyna falou. –Ficaremos no aguardo.


  Annabeth olhou para todos ali presentes e depois de um longo suspiro saiu da sala de reuniões. A acompanhei com o olhar até que sumisse da vista do videoescudo ignorando completamente os murmúrios quase inaudíveis.


-Ei cara! –Júlio chamou minha atenção. –Relaxa antes que os canos explodam.


  Notei que todo meu corpo estava rígido na cama, e meus batimentos cardíacos aceleravam cada vez mais. Fechei os olhos e respirei algumas vezes tentando pensar em qualquer outra coisa que não fosse aquele telefonema... mas então o barulho da porta se abrindo e sua imagem com os olhos tempestuosos divididos entre a raiva e a tristeza me fizeram levantar em um salto, levando os fios dos aparelhos junto.


  Alguns enfermeiros vieram ao meu encontro tentando me parar, mas tudo que eu via era ela esperando por mim, ainda com o celular nas mãos; Júlio apareceu em meu campo de visão falando coisas incompreensíveis e aparentemente pedindo para que os médicos deixassem eu ir.


  A puxei para um abraço apertado enquanto via Annabeth se desmanchar. Meu coração se apertou, mas sabia que ela precisava de mim naquele momento e me mantive firme até que seus tremores parassem e finalmente me encarasse.


-Eu estou aqui... –Sussurrei tirando as mechas loiras que caiam em seu rosto. –Sempre estarei...


  Seus olhos com leves tons avermelhados se fixaram em mim com um novo fogo surgindo; então Annabeth falou as palavras que ao invés de lhe causar mais dor, a deixou com uma expressão de ódio e determinação.


-Pegaram minha família e vou atrás deles! 


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Notas Finais:


  Então o que acharam?
Muito confuso?

Peguei esse capitulo mais para explicações também da situação deles, abrindo brechas para possíveis "incidentes" no futuro... 🤭
Claro que não podia deixar de colocar um pouco de suspense no final 🙃 

Espero que tenham gostado. Caso possuam alguma dúvida (a qual eu possa responder sem spoiler😆) ou queiram elogiar, fazer criticas construtivas ou apenas me dar um incentivo estarei no aguardo de todas as suas manifestações 🙃😏🙃😏

Obrigada e até a próxima 😉❤😉❤


   

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