5-Nosso fracasso vem acompanhado de mais fracasso...ou quase...

Notas Iniciais:


Hey Personas 😁😁


  Como estão?  


Olha quem FINALMENTE conseguiu voltar 💃🏻💃🏻 


Sei que dessa vez bati meu recorde de atraso, mas é que nunca pensei que seria capaz de ter a agenda tão lotada 🤦🏻‍♀ . São trabalhos, lição, escola, provas, curso, TCC, minhas histórias... que eu fico completamente perdida.... 🙇🏻‍♀🙇🏻‍♀




Porém aos poucos vou conciliando tudo, e me ajeitando, mas é por isso que talvez demore mais para postar 🤷🏻‍♀,  NÃO QUER DIZER QUE VÁ PARAR. ISSO NUNCA!


Vamos ao que realmente interessa pra vocês 


Ansiosos pelo capitulo 😏

Então sem mais delongas aproveitem, desculpem os erros e até as Nota Finais😉


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(P.O.V Luke)


Se pudesse resumir nossa missão em uma única palavra seria decepcionante!


  A terceira equipe de busca, formada por dois grupos para procurar pelos objetos que Júlio precisa para fazer o feitiço de aprisionamento; partiu no dia 13 de dezembro, quatro dias depois do retorno da segunda equipe; graças ao feiticeiro, as primeiras 72 horas se seguiram sem muitos ataques ou imprevistos, porém assim que chegamos em nosso destino, fomos surpreendidos por não um, mas dois obstáculos!


  Primeiro, o surgimento da enorme parede de galhos impossibilitando nosso progresso. Logo em seguida os turistas passaram a nos enxergar como inimigos e resolveram armar uma emboscada. Levando em conta o fato de que não podíamos ferir mortalmente nossos alvos e as vozes incrivelmente irritantes vindo das sombras malignas que controlavam as pessoas como se fossem marionetes; acabamos levando toda a noite do dia 16 e as primeiras horas do dia seguinte para derrota-los; quando finalmente conseguimos nos deparamos com o fato de tudo aquilo não ter passado de uma distração para que os deuses infligissem as leis da ordem e roubassem não só a raiz da arvore como também ela por completo.


  Depois dessa arrasadora descoberta, acabamos por optar em acampar alguns metros do local do incidente, pois apesar de tudo ainda tínhamos esperanças de que a arvore renascesse a qualquer momento; mesmo depois de Júlio confirmar que ela só voltaria a vida caso devolvêssemos uma parte da antiga para que uma nova ninfa pudesse tomar conta da mesma; infelizmente, foi o que o garoto teve que fazer da primeira vez em que cortou a arvore considerada uma das mais raras e desconhecidas do Mundo, além de ser obrigado a fazer oferendas para a guardiã substituta aparecer.


  De acordo com Júlio, só existiam cerca de três dessas em todo o Planeta Terra e para que se tornasse ainda mais difícil encontra-la, a cada dez anos, duas delas mudavam de lugar; a nossa sorte era que a terceira acompanhava a trajetória dos deuses, se tele transportando apenas quando os seres divinos o faziam, e indo sempre para o País escolhido por eles como o novo Monte Olimpo. E mesmo assim, localizar a cidade em que ela estava situada era um trabalho um tanto quanto complicado.


  Com a intensão de esquecer do fracasso por um tempo, passamos a tarde inteira nos revezando em turnos de vigília, preparando outro estoque de mantimentos reservas de Celpet, ajudando (da melhor maneira possível) na recuperação de Bianca, e arrumando os estragos causados pela pequena luta com os turistas armados.


  Depois de um tempo começamos a ficar preocupados com a demora com que a semideusa melhorava; dessa vez foi Tainara quem nos acalmou explicando que as bombas dos atacantes possuíam uma química extraída de diversas plantas tóxicas que juntas, causavam um enorme estrago e foi uma tremenda sorte o fato de ambas terem notado aquilo antes da explosão, caso contrário as consequências seriam mortais; e a garota nos garantiu que, apesar de um dos efeitos colaterais ser o retardo no processo de cura da pessoa, principalmente em filhos de Hipinos que possuíam mais tendência a ficarem cansados e com sono; Bianca não demoraria a despertar e quando o fizesse, estaria com muita fome!


 Sua intuição era tão boa quanto sua humildade, pois ao alegar que ambas haviam notado o ocorrido, ela deu créditos a Bianca que, depois de finalmente despertar e acabar com metade das novas provisões (o jantar ainda estava sendo feito), desmentiu a amiga, alegando que Tainara descobriu no mesmo instante os componentes da bomba e se colocou na frente dela fazendo uma barreira de flores para protege-las; Bianca ainda parecia surpresa pelo fato da garota ter sido capaz de tomar a maior parte do impacto e ainda continuar desperta para leva-la de volta ao grupo.


  Com essa nova revelação, Tainara tentou de todas as formas possíveis contornar a situação e deixar claro que não fizera nada além do necessário e que qualquer um seria capaz de agir como ela. Sabíamos que a indígena não era nada fã dos holofotes, por isso resolvemos admirá-la secretamente enquanto Thalia insistia em fazer alguns exames nela para ter certeza de que estava realmente bem.


  Ao cair da noite, mesmo com o repentino cansaço da missão fracassada, ninguém estava realmente com vontade de se deitar e ter a oportunidade de sonhar com marionetes aterrorizantes e sombras macabras; por esse motivo, após o jantar, resolvemos nos reunir ao redor da fagueira até que o sono fosse impossível de ignorar, para então continuarmos os turnos de vigília que se sucederam durante todo o dia.


-E agora? –Bianca foi a primeira a quebrar o silêncio que reinou sobre nós após a refeição.


-Agora vamos atrás deles! –Thalia respondeu convicta.


-Não acho que seja possível. –Reyna falou.


-Sei disso. –Ela deu de ombros. –Não custa nada tentar né.


-Concordo plenamente. -Júlio resmungou ainda um pouco rancoroso pelo nosso fracasso.


  Como ex-soldado, o garoto se deixava levar pela emoção de agir e acabar com o inimigo logo de uma vez; apesar de na maioria das vezes ser capaz de aplicar suas técnicas especiais aprendidas também em seu período no exército; em algumas raras ocasiões, como essa, Júlio preferia atacar sem pensar duas vezes.


  Tainara e eu nos olhamos sabendo que aquela poderia ser uma situação ruim caso ele não se acalmasse e parasse de achar que havia sido o responsável; mesmo que não tenha dito nada, a culpa estava estampada em sua face.


-Para estarem dispostos a infligir uma regra de extrema importância é porque sabem o que pretendemos fazer e não querem que isso aconteça. –Bati em um ponto que sabia que estaria circundando o pensamento de todos naquele momento.


-Mas as missões não têm sido fáceis desde que o primeiro grupo de buscas partiu. –Reyna comentou.


-Infelizmente eles encontraram uma brecha no comando que Júlio deu à Hécate. –Thalia bufou. –E deram um jeito de atrair os semideuses para que eles mesmos optassem pela morte nas mãos dos inimigos e seus aliados.


-Ainda não temos certeza se todos realmente morreram. –Tainara falou séria. –Alguns integrantes sobreviventes relataram que muitos de seus parceiros simplesmente desapareceram.


-Porque em nome do Rio Lete os "inimigos" resolveram fazer um show antes de mata-los? –Bianca questionou levemente irritada. –Não era mais fácil simplesmente acabar com tudo de uma vez? Se fizessem isso tenho certeza que os sobreviventes ficariam com ainda mais medo de que talvez poderiam ser os próximos... –Ela passou a mão em seu cabelo loiro que chegava na altura dos ombros. –O que eles ganham sumindo com os semideuses desse jeito?


-Exatamente essa reação. –Respondi fazendo com que todos olhassem para mim. –A questão não é o medo que impõe sobre nós, pois sabem que nunca irão conseguir isso; eles querem que fiquemos com dúvida sobre o que pode e está acontecendo com os semideuses que sumiram...


-Não tendo como saber se realmente morreram, passaram para o lado do inimigo ou estão presos... –Thalia completou meu raciocínio.


-E sem saber como foram capazes de fazer com que a própria pessoa escolhesse desaparecer... –Tainara remexia em algumas plantas que surgiram ao seu lado.


-Daí que se origina o ditado de implantar a "semente da discórdia". –Reyna falou. –Pelo menos um dos métodos é esse.


-É através da dúvida que muitas vezes as pessoas se pegam questionando suas escolhas e acabam por cometer erros. –Bianca ajeitou os óculos quadrados pensativa.


-E erros como esses podem ser a diferença entre a vitória e a derrota em uma guerra. –Júlio polia sua espada flamejante (no momento estava com as chamas apagadas).


-Então eles esperam nos vencer implantando a dúvida do que pode acontecer com a gente caso sejamos pegos... –A loira confirmou. –Mas o que isso tem a ver com o fato de infligirem uma lei considerada da ordem?


-Não acho que essa seja a única "semente da discórdia" que eles pretendem plantar. –Comecei a organizar meus pensamentos e resolvi contar tudo que vinha questionando nesses últimos três meses. –O fato de não sabermos o que virá depois nunca nos impediu de seguir em frente... fazer com que criemos teorias sobre o nosso destino é algo normal para a maioria de nós... –Esperei até que todos entendessem o que queria dizer.


-O que mais poderiam fazer para nos impedir com o feitiço de proteção sob todos? –Ela questionou.


-O fracasso, a culpa e a suspeita, muitas vezes podem ser ótimos ingredientes para a discórdia e desavenças em uma equipe. –Respondi. –E o que é melhor do que nos separar antes de aniquilar?


-Mas acha que foi assim com os outros grupos também? –Tainara perguntou apesar de já parecer saber a resposta.


-Os sobreviventes não relataram nada sobre isso... –Thalia comentou.


-Mas também passaram a ter comportamentos completamente diferentes –Júlio apontou.


-Os romanos que retornaram tiveram que passar por analises com alguns especialistas de Nova Roma. –Reyna parecia estar revendo toda a cena enquanto falava.


-Foi assim com os campistas do acampamento também. –Thalia pensou.


-Quer dizer que eles armam uma emboscada em que alguém pode acabar sendo o "responsável", enquanto isso infligem a lei e roubam o objeto da missão. –Os olhos verdes de Bianca brilhavam a luz da pequena fogueira. –Para que comecem a culpar e suspeitar uns dos outros e se separar...


-E é aí que a verdadeira armadilha começa. –A indígena concluiu.


-Mas porque com a nossa equipe foi diferente? –Questionei pensativo. –Tudo bem, eles nos encurralaram naquela parede de galhos e roubaram o nosso prêmio... mas não conseguiram nos separar... quer dizer, sabíamos que havia sido uma cilada dos "inimigos" e não culpamos ninguém pelo ocorrido.


-Mesmo que nas outras equipes possa ter havido uma pessoa ou outra que fosse rancorosa ou desconfiada não acho que isso seria o suficiente para separá-los. –Bianca concordou.


-A não ser que essa pessoa em especial conheça as fraquezas de seus companheiros e use isso para fazer com que haja desavenças...


  Júlio olhou rapidamente para mim antes de se voltar para os outros; o sinal apesar de quase imperceptível, era o suficiente para saber do que se tratava. Ambos fomos líderes de uma quase revolução; Júlio era das forças especiais do exército, com seu próprio pelotão, ninguém além deles mesmos e seus superiores possuíam qualquer conhecimento sobre aquela equipe.


  E eu, apesar de não me orgulhar nem um pouco, fui porta-voz de um Titã que quase destruiu o Mundo, além de trazer milhares de pessoas para o lado errado.... Não era uma tarefa fácil convencer as pessoas e divindades a se juntar a nossa causa; por isso antes de escolher um alvo, era necessário saber cada detalhe de sua vida; foi por conta disso que nosso exército cresceu a tal ponto que podíamos separá-los em diversos grupos e ainda causar um estrago... e de novo, não me orgulho nem um pouco do que fiz.


-Mas eles estavam no meio de uma missão, e eram todos capacitados o suficiente para saber lidar com os problemas depois. –Reyna protestou.


-E se eles não estivessem no controle de si mesmos quando fizeram isso? –Tainara questionou parecendo se recordar de algo, porém não falou do que se tratava.


-Não podemos esquecer da possibilidade de terem trocado de lado também... –Thalia falou.


  Nós todos concordamos sabendo que aquela hipótese com certeza poderia acontecer; quatro meses atrás, em uma conversa entre Thalia e Annabeth, ambas passaram a desconfiar da presença de um suposto espião no acampamento; claro que, um mês depois, quando minha identidade foi revelada, não só elas, como a maioria dos que sabiam do caso, suspeitaram de nós três. Com o passar do tempo, devido a diversos ocorridos, acabaram descartando essa possibilidade... pelo menos a maioria deles, já que as coisas pioraram um pouco depois que a história de Júlio e Tainara acabou vazando para mais pessoas do que realmente gostaríamos.


-Então eles armam a emboscada, tomam seu prêmio, implantam a "semente da discórdia", separam os grupos, aniquilam uma parte deles, somem com outra e enlouquecem os restantes? –Bianca franziu a sobrancelha não gostando nem um pouco das conclusões que havíamos chegado.


-Na verdade foi assim com o primeiro grupo. –Tainara assumiu uma expressão pesarosa ao se lembrar do estado em que os sobreviventes das primeiras equipes voltaram... infelizmente, Connor estava incluso nas buscas... felizmente, foi um dos três que retornou. –Da segunda vez, ambas as equipes voltaram com os prêmios e mais pessoas do que antes... –Ela havia feito uma pequena pausa para enfim voltar a falar, e quando o fez bateu em outro ponto importante.


-De acordo com Edvine, a equipe dela foi pega em uma emboscada só depois de já estarem com um prêmio falso, porém como ela já havia ido no jardim das hespérides antes, soube reconhecer a maça dourada verdadeira, mas eles estavam sendo atacados e por algum estranho motivo Samanta mandou que o grupo se separasse para que "confundisse os deuses"... –Thalia juntou as sobrancelhas. -Foi nessa hora que metade deles desapareceu, incluindo Samanta...


-Naiá também falou que antes de sumirem uma aura negra meio arroxeada tomou conta do lugar e ela só escapou de ser encoberta porque estava junto com outra caçadora um pouco distante dos outros protegendo a maça do dragão. –Tainara completou a história com um tom de alivio ao lembrar que sua irmã (a qual ainda não tinha se acostumado a chamar pelo atual nome) se salvou por pouco de enlouquecer como os que foram afetados pela "luz" e não desapareceram.


-Isso foi de grande ajuda. –Júlio comentou um pouco mais empolgado do que deveria ao mencionar o fato; porém logo se arrependeu quando o olhar quase sem expressão de Reyna o atingiu em cheio. –Digo... graças a Edvine e...


-Lydia? –Thalia falou se segurando para não rir.


-Graças a Lydia e Ed.. as caçadoras... a equipe sobrevivente conseguiu voltar e recebemos uma nova informação. –Júlio tentou manter a voz firme, apesar de estar claro seu nervosíssimo pela situação.


-Que não havia passado pela nossa cabeça até agora. –Falei um pouco alto, mas despreocupado, fazendo com que todos, inclusive Reyna (para a sorte de Júlio), voltassem sua atenção para mim. –O que não é nenhuma surpresa, já que ninguém havia se importando em achar uma ligação.


-Os grupos com as duas equipes nunca saiam em um dia combinado ou algo assim... –Júlio agradeceu com o olhar por ter dado algo em que os outros pudessem pensar. –Justamente para não dar informações gratuitas aos infiltrados... simplesmente mandávamos que as coisas ficassem prontas e quando achávamos que estava na hora, eles partiam.


-Mesmo assim, acabávamos por fornecer os integrantes para eles. –Tainara comentou.


-Eles usam táticas diferentes com cada grupo, porém a emboscada está inclusa em todas... –Os olhos de Reyna brilharam. –E se realmente existir uma sequência?


-Com uma ligação em todas as missões! –Tainara falou também com os olhos brilhando.


  Elas não esperaram por nossa resposta, Reyna se virou e pegou um pedaço de papel e uma caneta de sua bolsa, então ambas começaram a conversar entre si enquanto a pretora fazia anotações.


  Com o canto dos olhos, pude ver que Bianca se afastara um pouco do grupo; não a culpava, já que havíamos tido um dia bem cansativo e ela esfregava os olhos desde o jantar.


  Estava quase sugerindo para alguns de nós seguir seu exemplo para que assim estivéssemos descansados o suficiente na troca de turnos. Porém, antes que pudesse dizer qualquer coisa, Reyna se colocou no centro do círculo, mais próxima do fogo para que todos pudessem ver; Tainara a imitou, mas deixou que ela falasse.


-Cada grupo enviado foi dividido em duas equipes. –Ela começou. –A primeira, segundo relatos dos que voltaram, sofreu os ataques nas seguintes ordens. –Reyna entregou o papel na mão de Tainara, pois já decorara o que estava escrito. -Emboscada; a fuga inesperada das três górgonas de seu esconderijo; a revolta de James e sua capacidade de separar o grupo, ou seja, a "semente da discórdia"; com isso veio a morte dos semideuses desorientados; o sumiço de outros e pôr fim a loucura que atingiu os restantes.


-Já foi estranho o suficiente James ter sido o causador de tudo isso, então para piorar os que sobraram foram atingidos pelo delírio. -Thalia falou pensativa.


  Concordamos, pois não esperamos esse comportamento dos filhos de Iris, que geralmente tendem a serem mais calmos e optar pela cooperação entre grupos sociais, além de evitar conflitos; mesmo Butch, apesar de seu jeito de poucos amigos, é muito simpático quando conversamos com ele.


-Mas a segunda equipe foi um pouco diferente. –Tainara prosseguiu. –Houve a emboscada; porém, antes que a missão fosse totalmente comprometida, eles tiveram baixas durante o ataque; então no meio dessa confusão a ninfa Abercombrie simplesmente desapareceu; não sem antes deixar a "discórdia" entre o grupo novamente, só que por meio de Harley, que também os separou; os semideuses que estavam com ele, sumiram; e os que sobraram, ficaram transtornados.


-Até aí, vimos dois ocorridos que tiveram a ordem deles alteradas. –Júlio coçou o queixo. –Mas todos sabemos a adoração que eles possuem pelo número três... então acredito que haja outra modificação na próxima missão...


  Reyna e Tainara sorriram ao ver que estávamos compreendendo o raciocínio de ambas, porém quem tomou a palavra foi Thalia.


-A primeira equipe do segundo grupo, liderada por Edvine, tiveram mudanças na jogada; que neste caso, foi a existência de um prêmio falso, para depois serem pegos pela emboscada, levando a morte de alguns; então Samanta praticou a discórdia entre eles; depois seguiram-se os acontecimentos que discutimos minutos atrás.


-No caso da segunda equipe, ocorreu o mesmo do que com a primeira do grupo anterior. –Deduzi e todos concordaram.


-Mas o ataque deles não foi tão bem-sucedido como da primeira vez. –Thalia franziu a sobrancelha. –Não acho que tentariam novamente.


-Sua terceira sequência de ataques falhou. –Cruzei os braços pensativo. –Provavelmente não vão tentar usá-la novamente, mas as outras duas obtiveram sucesso, por isso a segunda equipe recebeu o mesmo tratamento.


-Mas ela não deu muito certo, significa que nós, como terceiro grupo, não receberemos o mesmo ataque?


-Talvez não a primeira nem a terceira sequência. –Respondi. –Mas ainda não repetiram a segunda.


-E se formos por essa lógica ela ocorrera com a equipe de Annabeth...


  O silêncio reinou entre nós enquanto pensávamos na gravidade daquelas palavras. Havíamos tido muitas reuniões nos intervalos entre uma missão e outra, e mesmo assim ainda não tínhamos notado a sequência de ataques; agora descobrimos tarde demais que os outros estavam em um perigo muito maior do que o imaginado; o fato de terem de coletar não um, mas sim três ingredientes, tornaria mais fácil serem manipulados para se separarem.


-Não podemos duvidar da capacidade dos outros. –Júlio estava sério. –Eles estão em maior número do que nós e já enfrentaram coisas muito piores, tenho certeza que vão tirar de letra.


  Thalia e Tainara ainda pareciam preocupadas; mas Reyna reforçou a ideia de Júlio e incluiu o fato de que, com exceção de Percy e Leo, o restante deles eram muito inteligentes.


  Isso amenizou um pouco a tensão que se formara, mas não por muito tempo, pois também estávamos em uma missão.


-Se eles descartaram as sequências, e a segunda foi direcionada a primeira equipe... então provavelmente acabaram por criar outras para substituir aquelas... –Comentei os levando a pensar no assunto.


-Se conseguirmos identificar a ordem da nossa poderíamos evitar o próximo passo deles... –Thalia falou com os olhos azuis eletrizantes brilhando.


-Mas já fracassamos. –Tainara respondeu desanimada.


-Não é só porque perdemos o prêmio que quer dizer que o ataque deles acabou.


-Thalia está certa. Cada ataque teve uma sequência diferente. –Comecei a organizar meus pensamentos recordando os acontecimentos daqueles dias. –Fomos pegos por duas emboscadas, a parede de arvores que apareceu "magicamente" e as marionetes humanas que nos encurralaram; se formos levar em consideração que eles tentaram nos matar, podemos incluir isso na categoria "morte de alguns"; depois veio o sumiço da arvore...


-Não podemos esquecer a "semente da discórdia". –Júlio falou e antes que pudéssemos questionar ele prosseguiu. –Antes mesmo das emboscadas, quando ainda estávamos em Mobile [(cidade vizinha de Nova Orleans)], todos devem se lembrar da pequena... discussão entre mim e Bianca...


-Mas não foi o suficiente para nos separar. –Tainara protestou. –Além do mais, ambos pararam quase que imediatamente.


-Tudo bem, mas quem garante que não tenhamos parado porque fomos mais fortes e resistimos ao controle dos deuses? –Júlio rebateu. –Não podemos nos esquecer que eles estão mudando suas táticas...


-Isso é uma hipótese... –Thalia concordou. –E se seguirmos por esse raciocínio, significa que podem estar "plantando" a discórdia de uma maneira diferente...


-Significa também que um dos dois está sendo manipulado sem nem mesmo saber e a qualquer momento pode revelar suas verdadeiras intenções! –Reyna falou um pouco receosa.


  Achei que Júlio Iria ficar irritado pela acusação, porém ele apenas deu de ombros. –Posso ser suspeito a falar, mas acho que já vamos descobrir o que Bianca pretende fazer.


  Por instinto, todos nos levantamos em um salto com as armas já em mãos. Movi meus olhos até que eles se fixassem na pequena figura de capuz que escondia quase toda a sua face, exceto o sorriso extremamente sombrio.


-Acho que chegaram a uma conclusão demasiadamente tarde. –A voz de Bianca soou abafada pela capa que cobria todo o seu corpo. –Sabemos a importância de conversas prolongadas para vocês semideuses, por isso vamos direto ao ponto dessa vez. –O som mudou para algo que estava começando a se tornar cada vez mais conhecido em minha cabeça, apesar de ainda sim causar calafrios. –Como apenas dois de vocês são realmente relevantes para mim... não vou me dar ao trabalho de sumir com os outros...


-Pra quem disse que ia direto ao ponto esta enrolando em. –Caçoei fazendo com que Bianca rosnasse e levantasse o capuz, pregando seus olhos completamente brancos em mim.


-Não ouse interromper! A sua sorte é que ele precisa de você. –Ela puxou uma espada de dentro da capa. –Mas os restantes terão um outro papel nessa batalha!


-Foi mal, mas não dá para te levar a sério com meio centímetro de altura. –Júlio falou indiferente. –Ainda mais com esses óculos quadrados na cara.


  Isso a irritou ainda mais, porém pude ver que o garoto não prestava nem um pouco de atenção em sua face, na verdade Júlio parecia muito mais interessado no pingente de prata em seu pescoço, meio escondido pela capa.


  Foi então que Bianca decidiu parar de falar e começar a agir, ela girou sua espada em movimentos circulares até que assumisse um brilho negro misturado com roxo e começasse a aumentar chegando a centímetros de nós.


-Protejam-se! –Gritei ao me dar conta do que aquela névoa era.


  Thalia deu vários saltos para trás, pouco antes da fumaça alcança-la, se colocando ao lado de Júlio que possuía as mãos brilhando em seu típico verde e roxo, e uma expressão de raiva.


-Seu humano insolente! Como ousa me desafiar?


  Júlio riu de uma maneira sombria e encarou a pequena figura de Bianca que pareceu querer tomar conta de si mesma para fugir, mas a força que a controlava era muito mais forte e a fez ficar onde estava.


-Foi mal, mas terei que recusar o convite hoje. –O garoto falou. –Quem sabe em uma próxima? –Antes que Bianca pudesse responder, ele sorriu de lado e fez cara de convencido. –A propósito, antes de você ir... acho que vou ficar com o colar!


  Bianca rosnou novamente, porém não teve tempo de fazer mais nada, pois as luzes nas mãos de Júlio se intensificaram, formando um escudo que cobriu todos nós.


  Quando finalmente acabou, encontramos todas as arvores num raio de três quilômetros, completamente destruídas; nossas barracas e alguns pertences, que infelizmente não foram protegidos, haviam desaparecido, assim como Bianca Ariévilo que sumiu sem deixar rastros...


-Bianca... –Thalia prendeu a respiração sem poder acreditar que sua amiga realmente se fora.


  Me aproximei dela tentando consolá-la, mas sabia que infelizmente havíamos fracassado novamente e dessa vez o preço foi muito maior do que apenas a perda de um prêmio.


-Não se preocupe, ela não está morta. –Júlio falou para ninguém em especial, enquanto se agachava no local onde antes a garota estava. –Pelo menos por enquanto... –Ele pegou um colar feito de material negro, mas que possuía um pequeno pingente de uma folha de carvalho de prata.


-O que é isso? –Reyna se aproximou do garoto que, depois de estudar o colar por alguns segundos, nos encarou com um pequeno sorriso.


-Isso... é a chave para os nossos problemas!      


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Notas Finais: 


  Então o que acharam? 


Confesso que esse capitulo não teve tanta ação quanto gostaria, mas foi mais voltado para tirar algumas dúvidas não só dos nossos queridos heróis como também dos maravilhosos leitores   ❤😉❤


  O querem que aconteça?
O que acham que vai acontecer? 


Curiosos? 😏


Então passem para o próximo e quem sabe não descubram 😉 


★♡★      

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