Capítulo 5

A casa estava pura, pelo menos por enquanto, era enorme, e eu adorava aquela extensão. Tirei os saltos me direcionando ao meu quarto e logo cheguei na frente do mesmo abri a porta e fui surpreendida por um quarto infantil, um berço, uma cama e tudo de criança, olhei sorri e falei:


— Tenta outra vez, Olívia — sorri, daí do quarto e fechei a porta — 3, 2, 1 — abri a porta outra vez e as minhas esperanças daquilo ser uma piada foram embora. Sai dali e entrei em todos os quartos pensando que eu poderia estar errada quanto ao quarto infantil, mas eu preferi pensar que eu havia errado a porta, no entanto eu estava corretíssima, eles haviam dado meu quarto para um bebê que eu nem conhecia mas já queria enforcar.


Esperei a tarde passar passeando pelo jardim e pelas florestas que ficavam no fundo da mansão, sentei em um pé de árvore calculando direitinho o que iria fazer, e ao chegar a hora do jantar, que era de lei todos estarem presentes eu entrei na casa pelas portas dos fundos e em passos lentos olhei aquela "família feliz" ali sentada e fui até eles.


— Boa noite, família — Disse com um sorriso irônico e o olhar de todos se concentraram em mim — Sentiram falta de mim? Não? Nossa! Que! Pena! Eu também não senti nem um tiquinho de saudade de vocês, e antes que encarnem de me mandar novamente para a aquele manicômio quero falar que ganhei alta. — Sorri, como sempre, um sorriso sem mostrar os dentes enquanto dava a volta na mesa, todos me olhavam em silêncio — Vocês morreram? Perderam as línguas? Mamãe? Perdeu a língua em uma de suas passeatas beneficentes após a mesma ser comida por algum mendigo com fome? — parei ao seu lado colocando a alta para comprovar o que disse — Papai? Perdeu a língua no escritório? De tanto conversar com investidores ela foi encolhendo, encolhendo e aí sumiu? Andrei? — avaliei-o — Jogou a bolinha de golfe no lugar errado ela voltou e engoliu sua língua? Lauren? Querida, Quanto tempo, hein? Perdeu a língua depois de tanto beijar outros caras que nãos sejam o seu marido? — passei a mão em seu cabelo — O tempo passa e nem com todo dinheiro e progressiva do mundo ele fica liso, e a oleosidade? Se eu fosse retirar todo o óleo de seu cabelo fritaria umas cinquenta acarajés, sabia? — sorri e me direcionei a então criança que era mais provável a ocupar meu quarto, me abaixei até ela e então sorri — Então é você o novo demônio da casa? Não tem traços nenhum da família, hein, Lauren? Vocês não vão falar mesmo? Ah, que bom, saibam que eu coloquei veneno na comida de todo mundo. — Sorri e eles colocaram toda a comida de suas bocas em seus pratos — Idiotas, se eu quisesse matar vocês aproveitaria mais esse momento tão especial, não é? Tipo uma tortura? Muito legal.


— Olívia, O que aconteceu com você? — continuei com o meu sorriso sádico e então me virei para ele.


— O que aconteceu comigo foi que eu fui jogada m um hospital psiquiátrico sem ter me dado ao luxo de fazer absolutamente nada! Apenas por capricho, vocês disseram "Vamos jogas a Olívia no hospício?" e todos os outros idiotas disseram "sim, vamos jogar a Olívia no hospício!".


— Oli, olha... — disse Lauren e o meu sorriso se desfez.


— Você me chamou de que? — perguntei a olhando — Você acha que é quem? Eu nunca permiti que absolutamente ninguém, nem de minha família me chamasse por apelidos e vai ser você? Aquela barraqueira pobre que deu sorte na vida e se tornou uma Mayen que vai conseguir que eu deixe isso. Olha, eu não te suporto, nunca te suportei e não vai ser agora que eu vou gostar de você, me chamando de "oli" não vai melhorar a sua situação. Por que vocês não estão falando? Estão com medo? Não tiveram medo quando me colocaram ao lado de muitos psicopatas, ficaram? Eu era legal, merda, eu nunca fiz nada e por eu ser quieta e boa vocês automaticamente me consideraram uma psicopata? Uma louca? Vocês sabem como é convívio dentro daquele inferno? Eu vou sentar com vocês, tá bom? Lauren?


— O quê? — Ela perguntou assustada.


— sai que eu quero sentar — pedi e ela saiu — muito bom — Vocês ainda me acham uma psicopata? — Perguntei e não ouvi uma resposta — Eu acho que fiz uma pergunta, não? ~


— Não — veio a resposta em coro.


— Todos mentirosos, estão morrendo de medo deu explodir essa casa com todo mundo junto em 3 —contei — 2, façam seus pedidos — 1. Boooom! Explodiu — dei uma gargalhada alta — Eu odeio todos vocês, sem excessão, nem aquele bebezinho idiota. E eu vou estar aqui, eu quero meu quarto que foi ocupado pelo demônio mirim, quero minhas roupas e meus sapatos. TODOS. Se virem comprem novos! Se danem, mas eu quero as minhas coisas. E não vou matar vocês, não vou destruir vocês, só vou dar o caminho da autodestruição e como vocês são panacas vão seguir sozinhos, só vou dar o empurrãozinho, vão cair um por um. — Levantei— e se vocês estiverem cogitando a ideia de me mandar para aquela inferno outra vez saibam que eu não posso voltar para lá, Sou maior de idade! Se eu quiser ir para a Nova Zelândia, eu vou. — Sorri e me direcionei até a saída — Fiquem com o diabo. Ah, eu vou ficar no Jardim, e eu quero meu quarto, nem que me tragam as roupas amanhã, mas eu quero o meu quarto Hoje! Agora! Se virem. Até logo minha linda família.


— Ela está louca, Elizabeth! — Ouvi meu pai dizer a minha mãe. — Manda preparar o quarto dela, agora! Ele completou.


— Sinceramente, não acredito que ela esteja louca. Ela realmente está fazendo a mesma coisa que eu faria se fosse injustiçada por toda uma família e colocada me um Manicômio. Se culpe o resto de sua vida pela minha princesa haver se tornado esse poço de amargura! Porque se não fosse você ela estaria como todos nós, jantando. Ela poderia até fazer a diferença nessa casa idiota com pessoas idiota. Ela é minha filha, não é? Dizem que o sangue puxa e ah... Não vou mais me fazer de boa esposa confraternizando com aquele bando de idiota medíocre para você fazer a média e querer se candidatar a prefeito! — Ela disse e eu tive muito orgulho.


Quem é a pessoa que consegue causar um alvoroço com apenas algumas palavras? Aê, acertou quem disse 'Olívia" é a vida, né? Nem todos nasceram com essa capacidade de conseguir o que quer apenas com palavras, é um luxo que quase ninguém pode se dar, mas eu posso, quer dizer, eu posso o que eu quiser, não?


Eu iria começar por aqueles que mais odiava, e acertou quem disse a barraqueira favelada! Ela é infiel todos sabem disso, só o burro do Andrei. Seria meio que um dominó: Lauren, O bebê demônio e o Andrei. Fato que se deve aprender com a minha família: Derrube um e todos cairão, o fato de dependerem um dos outros é o que os faz assinar a sentença de morte. Uma dependência mortal.



Comment